Mulher catarinense é uma das pesquisadoras da Coronavac

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Nascida no distrito canoinhense de Felipe Schmidt, a farmacêutica e bioquímica Ana Marisa Chudzinski Tavassi trabalha hoje no Instituto Butantan, que ganhou holofotes da imprensa nacional diuturnamente por ser o único a produzir vacina contra a covid-19 no Brasil até o momento. A coronavac deve obter liberação da Anvisa até domingo, 17.

Ana Marisa está trabalhando atualmente em um soro anticovid que poderá ser usado para bloquear a infecção.

Em entrevista ao Jornal do Almoço, da NSC TV, Ana relatou que a pesquisa está sendo promissora e que os resultados são satisfatórios.

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Todo o processo de isolamento e inativação do vírus, e todas as etapas de fabricação do soro já foram finalizadas. A técnica é semelhante a utilizada na produção de soro antirrábico. Resta realizar um teste final à pedido da Anvisa, que seria introduzir a doença em um animal e aplicar o soro para saber se é possível tratar a doença. Este teste deve ser realizado ainda em janeiro, e com a aprovação da Anvisa, o próximo passo é o ensaio clínico em humanos.

Currículo

Ana é atualmente Diretora da Divisão de Inovação do Instituto Butantan, que tem como objetivo identificar e acelerar projetos com potencial inovador, priorizar e criar infraestrutura para desenvolvimento de produtos, acompanhar as etapas de desenvolvimento, identificar e minimisar riscos e gargalos. Incentivar a proteção da propriedade intelectual e atuar na transferência de tecnologia interna ou em projetos de parceria.
Além disso, atua como Coodenadora Geral e Pesquisadora Principal do Centro de Excelência na Descoberta de Alvos Moleculares (CENTD) que é uma plataforma originada através de uma parceria público/privada, projeto PIPE/FAPESP, com investimento GSK/FAPESP/Instituto Butantan.

A plataforma é especializada em ensaios de Biologia Celular, Métodos Analíticos, Imagens, “High Content Screening” , Ensaios Bioquimicos, Biologia de Sistemas e Bioinformática, abrigando equipamentos de alta performance, como espectrometro de massas, microscopia confocal, HCS, citometria de fluxo. Os projetos do CENTD estão focados em encontrar novos alvos moleculares e vias de sinalização com o objetivo de desenvolvimento de novos medicamentos para doenças de cunho imunoinflamatórias, especialmente doenças degenerativas, além de câncer.

O foco nesta caso específico está em moléculas com atividade em câncer e em reparo tecidual.

Ela também está a frente do laboratório de Biologia Molecular do Instituto onde tenho uma linha de pesquisa focada em proteínas com atividade em coagulação, câncer e regeneração tecidual. Neste Laboratório a equipe é hábil em clonagem de genes e obtenção de proteínas na forma recombinante. Realizando o escalonamento de processos de fermentação até 10 litros e purificamos proteínas também até um volume de 10 litros, por diferentes médodos cromatográficos. Também caracterizamos bioquimicamente as moléculas e realizamos ensaios de provas de conceito in vitro e in vivo, e ensaios pré clinicos em duas espécies de animal, utilizando conceitos de BPL, ou seja Boas Práticas de Laboratório.

Vvale
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