Mulher morre após ser atingida por linha com cerol

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Apesar da venda ser proibida por lei em Santa Catarina, o cerol colocado em linhas de pipas já fez duas vítimas em 2019 no mesmo local, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF-SC). O último caso foi a Josiane Marques, de 34 anos.

Na manhã do último sábado (20), a publicitária estava em Florianópolis. Por volta do meio dia, voltava de moto para a casa em Biguaçu onde iria se encontrar com a família. No caminho, uma linha com cerol interrompeu os sonhos e a vida de Josiane. Foi na BR-282, na divisa entre a capital e São José.

“Era uma pessoa tímida em sua vida, mas com os parentes, os familiares era uma pessoa super esclarecida, gostava de ajudar”. falou um familiar.

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“Ela tinha se mudado, faz um ano e pouco, mas ela ia almoçar lá em casa todos os dias, passava lá pra ver a mãe duas vezes no dia, tava sempre lá junto cuidando da gente”, disse o irmão.

A família dela prefere preservar a identidade. Um dos parentes recolheu várias pipas e linhas com cerol que caíram no terreno da casa dele em Biguaçu. Uma amostra de como essa brincadeira tem se tornado perigosa, e sem controle.

O responsável pela pipa que matou Josiane não foi identificado pela polícia.

Outro caso

O caso da Josiane não é o único. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF-SC), este ano um outro motociclista foi atingido por uma linha com cerol na via expressa. Ele teve ferimentos na testa.

Ainda de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o motociclista estaria com a viseira levantada e a moto não tinha a antena corta pipa. Um equipamento de segurança que é obrigatório para quem usa a moto para trabalhar, e que pode ajudar a evitar mortes, principalmente, em rodovias urbanizadas. Em maio, a PRF apreendeu sete pipas próximo ao local desses acidentes.

“Infelizmente é mais comum nesses meses de férias escolares a presença de crianças soltando pipa. Quanto à isso não há problema, o problema é a linha com cerol. Depois de cortada essa linha, essa pipa é levada pelo vento e, dependendo do vento, ela acaba caindo numa rodovia extremamente movimentada como é o caso da Via Expressa”, disse o policial rodoviário, Adriano Fiamoncini.

Desde 2001 Santa Catarina tem uma lei que proíbe a venda de cerol e também o uso de materiais cortantes em pipas. Além da apreensão do objeto, o infrator pode ter que pagar multa de R$ 200, e se for menor de idade quem responde é o responsável legal.

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