Nova loja da Havan em Balneário é aprovada em Audiência Pública.

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A audiência pública para avaliar o estudo de impacto de vizinhança (EIV) da nova loja da Havan em Balneário Camboriú, ontem à noite, deu parecer favorável ao empreendimento. A audiência aconteceu na câmara de Vereadores, que ficou com o auditório lotadaço.
O estudo foi apresentado pelo advogado Gil Koeddermann, especialista em meio ambiente e contratado pela Havan. “Mesmo que haja posicionamento contrário, como a da CDL, a participação da comunidade é muito importante. Cada um tem o direito de defender o seu ponto de vista. É legítimo. Assim como é legítimo a gente querer a loja”, disse ao DIARINHO.
E não era apenas a câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) que estava contra a Havan se instalar no terrenão do empresário Jorge Caseca, que fica perto do shopping e nos fundos do antigo quartel dos bombeiros. “Esses 200 empregos que eles falam que vão gerar não contam. Quando abriram as grandes lojas em Brusque as lojas pequenas de Azambuja fecharam todas”, argumenta Nivaldo Ávila, presidente da associação dos Micro e Pequenos Empresários (Ampe) de Balneário Camboriú, uma das entidades contrárias à nova Havan na cidade.
Preocupações sobre impactos no trânsito e impermeabilização do solo também foram levantadas sobre a instalação da nova loja.
Mas o que pegou mesmo na audiência foi as acusações de que pessoas de Brusque, cidade sede da Havan, e de outros municípios foram trazidas para participar da audiência. A denúncia foi feita, entre outros, por Lucas Diego, da associação Empresarial de Balneário Camboriú (Acibalc). “Quero deixar registrado que desde o início da sessão muitas pessoas entraram sem identificação e só depois disso começaram a fazer o cadastro de quem chegava”, disse, na audiência.
Mesmo com a denúncia, a audiência continuou. “Se nós percebermos que houve uma ação orquestrada, nós poderemos fazer uma conferência dos nomes. Mas acho isso constrangedor”, limitou-se a dizer Edson Kratz, secretário de Planejamento, e presidente do conselho da Cidade. Ele presidiu a audiência.
Três horas antes de começar a audiência, o DIARINHO recebeu de um leitor uma foto mostrando grande público já dentro da câmara de Vereadores.
Nivaldo Ávila, presidente da Ampe, fez a mesma denúncia à reportagem.
Loja terá 15 mil metros quadrados construídos numa área de 7,7 mil metros
A nova loja da Havan em Balneário Camboriú terá dois andares, 15 mil metros de área construída e será levantada numa área de cerca de 7,7 mil metros quadrados. O imóvel pertence ao empresário Jorge Caseca. “Essa polêmica já está com cinco anos. São cinco anos de prejuízo”, disse o empresário à reportagem, referindo-se ao tempo em que a Havan tenta aprovar o projeto na cidade.
Luciano Hang, dono da Havan, foi a audiência e fez questão de sentar na primeira fila, ao lado de Jorge Caseca. “Se você perguntar para a população, todo mundo quer a loja. Recebe muitos pedidos pelas redes sociais de mais lojas e essa que temos aqui em Balneário Camboriú ficou pequena, pois a cidade cresceu”, discursou ao DIARINHO.
O dono da Havan diz que só no ano passado a loja que tem na avenida Brasil deixou na cidade cerca de R$ 20 milhões em impostos, contribuições e outros tributos. “Então, nesses cinco anos em que o projeto não foi aprovado, já são R$ 100 milhões de prejuízos para a cidade”, afirmou.O empresário admitiu que convidou os seus próprios funcionários para estar na audiência. “Nossos colaboradores de Balneário estavam em peso na audiência, além de pessoas que têm seu apartamento, até como eu que sou de Brusque mas tenho casa aqui”, argumentou.
Ele também alfinetou os pouquíssimos votos que os opositores ao projeto tiveram. “Quase 300 pessoas estavam na audiência e quantos votos eles tinham? 20? Eles não conseguiram trazer mais gente porque?”, questionou.

Fonte: Diarinho

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