Nuvem de gafanhotos avança e coloca fronteira com Argentina em estado de atenção

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O Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar), órgão do governo da Argentina, confirmou nesta segunda-feira (22) que uma nuvem enorme de gafanhotos, proveniente do Paraguai, avança pelas províncias da Argentina.

A nuvem, monitorada desde o dia 28 de maio, coloca em estado de atenção a fronteira do país com o Rio Grande do Sul. As informações são do site Metsul.

A praga avançou da província argentina de Formosa, onde há muita produção de mandioca, cana de açúcar e milho, até chegar à província de Santa Fé. A nuvem de gafanhotos segue para as províncias de Entre Ríos e Córdoba.

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Já existe um alerta em Corrientes, fronteira com o Oeste do Rio Grande do Sul. A Senasa emitiu então um alerta de perigo no território provincial, incluindo também a fronteira gaúcha sob estado de atenção.

De acordo com o coordenador do programa nacional de gafanhotos do Senasa, Héctor Medina, a nuvem de gafanhotos se moveu quase 100 km em um dia devido ao ventos e às altas temperaturas. Medina ainda enfatizou que trata-se de um gafanhoto sul-americano.

Danos causados

Medina explicou ainda que a uma nuvem de características monitoradas em 1 km² tem até 40 milhões de gafanhotos. Ele alertou para os danos que pode causar essa quantidade de insetos, que se alimentam de todo tipo de vegetação.

“Uma nuvem de um quilômetro quadrado pode comer o mesmo que 35 mil pessoas ou cerca de 2 mil vacas por dia, afetando principalmente pastagens”, disse.

O coordenador do Senasa disse que, no passado, já houve situação semelhante, com a invasão de nuvem de gafanhotos, que pode chegar a 10 km.

“Essa invasão pela qual estamos passando neste momento não é uma novidade, pois nos anos anteriores tivemos uma situação semelhante. Era previsível que, em 2020, esse cenário se repetisse, estamos tentando acompanhar a situação”.

Assim, a Senasa segue avaliando o comportamento da praga para tomar medidas em conjunto com as autoridades pronvinciais, que esperam o tempo chuvoso e frio para frear o avanço dos gafanhotos.

Por ND Online

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