O barco sem leme com a bússola estragada

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Coluna Ao meu Ver – Por Gian Del Sent

Dois anos de governo das “Novas Ideias” completos e, apesar de muitos feitos, podemos ter a certeza que poderia ter sido contemplado muito mais. O que se vê hoje é um conjunto de acertos precedidos de erros. Erros precedidos de outros erros. Falta comunicação, conversa entre setores que parecem estar completamente perdidos. As pessoas não se entendem, não se conversam, o ego toma conta e o “chefe” observa tudo sem nenhuma reação.

Cabeçadas

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Em todos os setores, toda e qualquer ação é “pedalada”. Ficam batendo cabeça com medo de tudo. Medo da imprensa, medo do MP, medo da opinião alheia e esquecem que a única função é simplesmente FAZER. Cada processo demora semanas, meses e quem perde? Todos.

MP

Recentemente ouvi que o MP de BC nunca recebeu tantas denúncias como tem recebido do governo Fabrício Oliveira. Maioria delas sem fundamento algum, apenas para abarrotar de papel a mesa dos promotores e tomar tempo que deveria ser usado em coisas mais úteis. Também pudera, o atual governo tem hoje 4 tipos de oposição: PSDB, MDB, os que não ganharam cargo e os efetivos do “volta pirica”.

MP II

Essa procura quase diária do MP por explicações, deixa a administração com medo. E volto a repetir, o excesso de prudência gera inoperância. O medo de tudo dar em MP, faz com que fiquem calculando até quantas palmas devem bater para cada ação do chefe do executivo.

Imprensa

Ta ai um medo da galera das Novas Ideias. O medo de executar ações, ter o feedback negativo e o alvoroço causado por toda e qualquer notícia veiculada na imprensa, levam a turma a loucura. Até mesmo o pedido de explicação sobre uma determinada pauta, faz todos enlouquecerem. Colunas e sites que são acessados apenas por pessoas envolvidas com política e sequer são conhecidos na massa, fizeram o governo virar refém da imprensa.

Imprensa II

O governo hoje vive em função de dois ou três veículos que “dominam” a mente deles. Praticamente uma síndrome de Estocolmo. Comentários ácidos ou matérias polêmicas (apenas na visão deles) são o terror não só do executivo, mas do legislativo também. Para agradar estes veículos, vazam furos de reportagem e passam informações privilegiadas. Mas não adianta, a madeirada vem igual, com ou sem agrado. Enquanto isso, os veículos com uma audiência absurda e milhares de acessos mensais, são deixados em segundo plano.

Saúde

Começou o processo de fritura da Secretária de Saúde, Andressa Haddad. Solícita e sempre disposta a resolver todo e qualquer problema, ela está sendo vítima do “Senhor dos Cateteres”. O cara tem cargo a dar com os pés na saúde e quer mandar mais que a gestora. Manda na saúde até mais que o prefeito. Ser conivente com o processo de fritura é bem mais fácil do que se indispor. Afinal, não adianta a secretária se doar, trabalhar de sol a sol, se não pode demitir incompetentes indicados pelo cidadão. Vai secar gelo.

Saúde II

Até de veículo da saúde parado tentaram usar para fritar Andressa. A “denúncia” que não teve muita repercussão, imagino que seja pelo simples fato do departamento de compras não providenciar o conserto (se é que tem conserto). O que ninguém explica, é o porque a Saúde não tem o sistema E-Pública (que controla dotações, compras e afins), o porque o executivo ainda não tomou atitude sobre as cidades da região superlotarem o PA e o Hospital, entre outros porquês.

Hospital

O Ruth Cardoso inclusive, que deve custar aos cofres do município em 2019 mais de R$ 60 milhões, compromete boa parte dos recursos destinados a saúde do município. E como já falei em outras oportunidades, a saúde é o câncer de Balneário. E engana-se quem acha que o problema é recente. O problema vem desde a época do extinto Santa Inês.

Câmara

A história se repete na Câmara de Vereadores de Balneário. Com a nova composição nas indicações dos cargos que está se formando, o governo Fabrício Oliveira vai passar uns maus bocados nos próximos dois anos. Pessoas indicadas pela oposição, irão ocupar cargos fundamentais para a agilidade e celeridade dos processos na casa legislativa. Vai ser de lascar.

Câmara II

Já era de se esperar. A eleição de Omar Tomalih para a presidência, com aval do prefeito, causou desconforto na base do governo na Câmara. A articulação junto a oposição para a eleição de Omar, desconstruiu a base e causou uma composição nos cargos de comando na Câmara, onde o presidente vai ter dificuldade em mandar até no próprio gabinete. Até a direção do gabinete, cargo de grande importância para as atividades da presidência, deve ser ocupada por uma indicação da oposição.

Câmara III

No jogo em busca de votos, outra situação que ficou complicada para Omar, foi a da comunicação. Cargo importante para a presidência e para os outros demais vereadores, a vaga ainda é ocupada pela indicação de Bob Júnior, ex presidente do legislativo. O atual diretor tornou a Câmara, e a nova presidência, reféns dele e são obrigados a mantê-lo empregado até que seja encontrado um outro nome para “entregar o bastão”.

Rádio

O diretor, fã do Ratinho, monopolizou as informações relacionadas a agência, campanhas e da rádio do legislativo. Sentou em cima e tomou para si o conhecimento até mesmo da operação dos equipamentos e softwares da rádio. Ele não repassa nada pra ninguém, não conversa com a equipe da comunicação e nem os deixa a par dos acontecimentos. Ou seja, se ele for exonerado, sem um substituto, a rádio e campanhas param.

Radio do Bob

Tocando KLB, Alexandre Pires e Queen no mesmo bloco musical, a programação da rádio é recheada de propagandas institucionais, celebrando em longos (bem longos) áudios, as ações que Bob Júnior realizou como presidente. O mais engraçado é ouvir vozes conhecidas das emissoras locais nos spots institucionais da Rádio Câmara. Com respeito aos locutores, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

Rádio II

A rádio do legislativo já foi citada por mim outras vezes. A montagem do estúdio, que não teve nenhum tipo de tratamento acústico e parece um banheiro de tanto eco, já é alvo das minhas críticas desde que foi lançado o edital da reforma da sala. Diz que até a sirene dos bombeiros do outro lado da avenida se ouve de dentro do estúdio. A rádio, além de montada as pressas pra ter o que entregar, tem operado com algumas irregularidades.

Rádio III

A transmissão obrigatória da Voz do Brasil e do Jornalismo da Radio Câmara de Brasília, por exemplo, não tem sido feita. A alegação dada pela Câmara de BC a Rede Legislativa, é que o receptor via satélite não estava instalado. Mas a nota de instalação dos equipamentos, foi paga dia 19 de Dezembro de 2018. Então, ou o diretor está mentindo para a Rede Legislativa ou ele mentiu para a contabilidade, que pagou a nota sem o serviço estar prestado. Afinal, a empresa licitada para vender o receptor e a antena, foi a mesma que vendeu o serviço de instalação dos equipamentos.

 

Sem mais

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