Operação contra grupos nazistas realiza apreensões e prisões

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Uma operação contra grupos que fazem apologia ao nazismo cumpre mandado de busca e apreensão no município de Porto União, no Norte catarinense, nesta quinta-feira (16). A operação é conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Dos alvos da ação, 15 são do estado do Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Norte e um em Santa Catarina.

Em Porto União, a Polícia Civil do município prestou apoio na operação. De acordo com o delegado Wellington Gustavo Spiacci, as investigações chegaram na casa de um adolescente de 17 anos, morador da cidade. 

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No local, foram encontrados itens como bandeiras, facas, livros, suásticas e aparelhos eletrônicos que fazem apologia ao nazismo. O adolescente, no entanto, não foi apreendido. Os materiais serão encaminhados para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, responsável pelas buscas. 

Investigação dura sete meses

As investigações iniciaram há sete meses e começaram após um alerta do Cyber Lab e da Homeland Security Investigations (HSI), órgãos do governo dos Estados Unidos. Com a quebra de sigilo de dados telefônicos, foi possível identificar a existência de grupos autodeclarados nazistas e ultranacionalistas. 

A partir da análise do material periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e pelo Ministério Público foi encontrado farto material de conteúdo racista contra negros e judeus, chamando a atenção os diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio.

Conforme a Polícia Civil do RJ, em maio deste ano, um dos alvos foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes e realizar ameaças. Na ocasião, a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima representou pela decretação da prisão cautelar temporária de 30 dias e pela expedição do mandado de busca e apreensão e quebra do sigilo de dados.

Os investigados, alguns adolescentes, publicam em redes sociais e em aplicativos de mensagens diversas fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista e falam abertamente sobre a prática de violência contra essas populações.

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