“Pai” acusado de estuprar a filha de seis anos é preso, mas delegado manda soltar por telefone

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Uma criança de seis anos foi atendida no centro Integrado de Saúde de Itajaí, na manhã de domingo, com sangramento na vagina e relatando dor. O médico revelou indícios de estupro e a polícia Militar prendeu o acusado, o pai da criança, que tinha passado à noite com ela. Ao chegar na delegacia, o homem foi liberado pelo delegado de plantão, que anunciou a decisão através de uma ligação telefônica.

A PM foi chamada no CIS pelo conselho Tutelar e pela mãe M.J., que estava com a filha de seis anos com suspeita de ter sido violentada pelo próprio pai.

A mãe contou que ficou sabendo através da ex-sogra que a filha teve sangramento vaginal e quando questionada disse que a causa seria uma queda da cama do quarto do pai no sábado, por volta das 23h.

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M. estranhou a situação quando foi buscar a filha às 9h50 deste domingo. A filha voltou a contar pra mãe estava com dores. Como a mãe não viu lesões de queda na criança, resolveu levá-la para o CIS pra a avaliação médica.

O médico que atendeu a criança constatou dificuldade para urinar. A pré-avaliação do médico indicou que não houve tombo e que as partes íntimas da criança tinham  edemas, hematomas e um pequeno corte. O médico orientou que a criança passasse pela  avaliação de um médico legista, porque havia suspeita de violência sexual.

A PM saiu em buscas ao pai e prendeu em flagrante E.G.S. Ele foi levado pra central de Plantão Policial. Só que o delegado de plantão, Ricardo, não quis ir até a delegacia e liberou o preso por telefone. Mesmo sem interrogar a mãe e nem ouvir a criança, ele entendeu que não cabia flagrante.

Mãe e filha vão fazer o exame no IML, na segunda-feira, para fazer a  perícia e confirmar o suposto abuso sexual.

Delegado regional explica

O delegado regional de Itajaí, Márcio Colatto, não tinha tomado conhecimento do caso até a tarde desse domingo, mas explicou a decisão do delegado de não encaminhar a prisão em flagrante. “O delegado de plantão tem a capacidade e conhecimento jurídico para definir o que é flagrante ou não. O que ele não pode fazer é prender alguém em flagrante sem que tenha elementos suficientes, isso seria abuso de poder”, explica.

Segundo Colatto, nesse caso o encaminhamento do delegado responsável é a busca das informações, o exame de corpo delito da vítima e, se houver elementos, solicitar a prisão preventiva do acusado ou encaminhar o caso para delegacia especializada, de proteção à criança, adolescente, mulher e idoso.

Por Diarinho

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