Passada a eleição, uma outra está fervendo nos bastidores: A da Câmara

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A eleição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú que definirá os membros para o biênio 2023/2024 acontecerá em dezembro, mas as conversas e articulações já acontecem nos bastidores.

Especulações são várias e vou trazer alguns nomes que já demonstraram interesse, seguido da minha visão sobre tudo isso e quem seria o favorito neste momento. O fato é que a disputa maior é para a presidência, mas poucos sabem a missão pesada que é sentar naquela cadeira.

A vereadora Juliana Pavan (PSDB), que exerce sua primeira legislatura, tem a intenção de acabar com o jejum de 15 anos de uma mulher presidindo o legislativo. A última a ocupar o cargo foi Iolanda Achutti. Para isso, Juliana teria que compor uma boa votação com a oposição que hoje não é tão oposição assim. Teria dificuldades em angariar votos.

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Omar Tomalih (Podemos), que foi presidente em 2019 e 2020, já andou se assanhando a concorrer ao cargo. A sua eleição em 2018 não pegou muito bem ao meio político por sua articulação junto com a oposição para ter unanimidade. Entre os servidores efetivos da Casa, o nome de Omar também não cai nada bem. O melhor seria ele compor apoio a uma chapa e se preocupar com 2024, já que 2020 foi bem apertadinho sua reeleição.

Quem partiu para um “Vou ser doa a quem doer” foi o vereador Anderson dos Santos (Podemos), que igual a Juliana Pavan está em seu primeiro mandato como vereador. Amigo próximo do prefeito, Anderson tem se posicionado para concorrer, mas não tem unanimidade entre os edis e depende muito da vontade do chefe do executivo, que até agora não se manifestou sobre o assunto.

Cristiano dos Santos (PL) também tem a intenção de concorrer. Cristiano tem longa experiência no legislativo, muito antes de ser vereador. Sabe como funciona a casa e tem mais maturidade política que muito eleito e pretende concorrer a presidência. Tem proximidade com o vice-prefeito e deputado estadual eleito Carlos Humberto, e minha opinião sobre ele eu faço um conjunto com o próximo.

Gelson Rodrigues (Cidadania por enquanto) já foi o presidente “oficioso” da Câmara por duas vezes. Oficioso pois como vice presidente tocou algumas sessões enquanto o presidente não aparecia, tanto com Roberto Júnior como com Marquinhos. Sessões que ele presidia tinha bem menos bate boca e menos shows, o que é bom, torna as discussões mais objetivas. Gelson, 100% fiel ao governo Fabrício Oliveira, já tirou o pé da candidatura a presidência por duas vezes, para acompanhar a base governista. Acredito que agora o prefeito tem uma obrigação moral de apoiá-lo.

Pensando nos dois últimos, vejo que Gelson tem a simpatia do pessoal do PL, inclusive de Carlos Humberto, o que me dá a impressão que uma dobradinha com Cristiano seria uma ótima ideia. Com os dois últimos anos de mandato de Fabrício, é bem provável que ele viaje bastante. Sem um vice, o presidente da câmara assumiria o município, dando a vaga do vice presidente para tocar a Casa Legislativa. Nada melhor que duas pessoas 100% alinhadas com o governo politicamente e partidariamente para isso, com a experiências que os cargos exigem. Principalmente se Fabrício quiser fazer sucessor na cidade.

A função de presidente não é algo muito fácil. O atendimento de gabinete com a parte burocrática da câmara anula o vereador politicamente e vai depender de uma equipe engajada e conhecedora da Câmara para fazer um bom trabalho sem perder capital político. Uma dos principais desafios da próxima presidência é tirar essa imagem de cabideiro que a Câmara adquiriu nos últimos anos e recuperar o interesse da população pelo o legislativo.

E isso vai ser uma tarefa bem árdua.


Passada a eleição, uma outra está fervendo nos bastidores: A da Câmara
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent

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