Pedestres e Cadeirantes sofrem com obra na Praça da Matriz em Itajaí

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As obras de revitalização da igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, em Itajaí, colocam mais desafios no dia a dia de cadeirantes, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Isso porque não há acessibilidade.

A obra, que já está atrasada, teve um aditivo de 82 mil reais em janeiro. O prazo também foi estendido em dezembro, por mais 90 dias.

Uma leitora cadeirante, que preferiu não ser identificada, usou seu Instagram para cobrar da prefeitura melhorias. Ela fez uma foto onde mostra um degrau enorme para acessar a praça e escreveu: “avisa a construtora que cadeirantes andam sozinhos e não tem superpoderes”, escreveu.

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Além da falta de acessibilidade, o Observatório Social fez uma fiscalização no local que apontou outros problemas. Keila Pacheco, coordenadora executiva do Observatório, questiona os prazos e custos da obra, que estão acima do previsto.

Também reclama do perigo e falta de segurança, uma vez que os pedestres, em alguns pontos, são obrigados a andar no meio da rua, dividindo espaço com carros e motos. Keila diz que é muito difícil andar no local.

Outro ponto que chamou a atenção do Observatório é o fato de alguns produtos usados na obra serem importados. Além do tempo e custo maior, a entidade apontou que desprestigia a indústria local e levaria esse questionamento ao município.

A prefeitura de Itajaí está ciente da situação no Largo da Matriz. A empresa foi notificada esta semana para melhorar as condições atuais de acessibilidade e sinalização. A prefeitura ainda diz que o projeto contempla um espaço acessível e com os conceitos urbanísticos mais modernos na área.

Conselho cobra solução

Rodrigo Lamim, secretário do Desenvolvimento Urbano e Habitação, afirmou que o projeto final da praça está dentro de todas as normas de acessibilidade e foi feito em conjunto com o Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Itajaí (Comadefi). Em relação ao canteiro de obras e a acessibilidade, afirmou que de um dia para o outro a situação muda com a dinâmica da obra.

Bianca Reimão Curraladas, do Comadefi, confirmou que participou da aprovação e garantiu que o projeto final da praça será totalmente acessível e inclusivo. Ela também confirmou dificuldades de acesso durante as obras.

Bianca tomou ciência dos problemas ontem e confirmou a falta de acessibilidade. A comissão elaborou e encaminhou um ofício para a secretaria de Urbanismo solicitando que, mesmo durante as obras, a acessibilidade seja garantida para todos.

Por Diarinho

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