Pedido do Sindicato dos Servidores onera a prefeitura em quase 36 milhões por ano.

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O Sindicato dos Servidores Municipais de Balneário Camboriú, SISEMBC, realizou uma reunião na noite do dia 28, no plenário da Câmara de Vereadores, para deliberar alguns assuntos relativos a entidade e aos servidores municipais.

A pauta, num todo, tem 85 ítens e vem sendo discutida com a prefeitura desde o ano passado. Em sua grande maioria, os pedidos procuram vantagens salariais.

Entre elas, está o aumento do vale-alimentação. O sindicato pede que o valor seja reajustado dos atuais R$335,46 para R$500,00.
O presidente Valdir Lolli ainda pede que o benefício seja estendido a outros servidores que totalizariam, entre executivo e autarquias, 5970 pessoas.
Atualmente o benefício só é pago para 2611 servidores, com salários inferiores a R$3.572,00, com um custo de um pouco mais de R$10,5 mi por ano.

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Levando em consideração o número de 5970 servidores que, de acordo com o sindicato, teriam direito ao benefício, multiplicado pelo valor de 500 reais pleiteado pelo sindicato como vale alimentação, se aceita, a reivindicação pode gerar um custo de quase 36 milhões de reais por ano ao município.
Digamos que o valor do benefício se mantenha em 335 reais, a despesa da prefeitura, só com vale alimentação, passaria dos 24 milhões por ano.

Ameaça de greve

Os servidores ameaçaram entrar em greve em 15 dias caso os pedidos não sejam aceitos. A proposta inicial de entrar em greve imediatamente não foi aceita pelos presentes que decidiram por dar mais 15 dias para o governo se manifestar.

O que diz o Governo

De acordo com a administração é que o município esta no Limite Prudencial de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal e nenhum aumento de despesa é possível neste momento.

Transparência

O maior problema dessa história toda é que o governo não tem sido transparente na disputa do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Ao invés de abrir a boca e falar o quanto isso irá impactar no caixa da prefeitura, prefere ficar coxixando, enquanto o Sindicato propaga a discórdia e vai ampliando o rol de apoiadores do movimento em prol do “vale para todos”.
O governo não quer arcar com essa despesa e nem deve. Independente qual seja a fonte dos recursos que cobririam essa despesa.
Mas ao invés de explicar que, assim como o presidente do sindicado, Valdir Lolli, vários outros funcionários da prefeitura tem salários que chegam a quase 30 mil reais e dar vale alimentação para esse pessoal seria no mínimo desnecessário, prefere ficar em silêncio deixando Mr. Lolli fazer a festa e pregar a desgraça em postagens no Facebook.

Titica de Galinha

Vale refrescar a memória dos servidores e até mesmo da população para o fato de que o mesmo sindicato, na voz da Secretária Geral, quando não teve o “líder mor” eleito em 2016, ofendeu os servidores dizendo que eles deveriam continuar sendo tratados como “titica de galinha”.
Dois fatos importantes também tem que ser lembrado.
Primeiro que o governo Piriquito foi os “anos de glória” do sindicato, onde os servidores tiveram mais benefícios, aumentos e todos os gritos do sindicato eram atendidos. Até mesmo greve fake foi criada para poder barganhar os mimos. Portando dizer que eram tratados como titica, foi tirar uma onda grande.
Segundo que o atual presidente do SISEMBC, foi o mesmo secretário da fazenda nos anos 95/96.
Aquele secretário que fez os servidores amargar 6 meses de salários atrasados, escolhendo a dedo quem recebia e fazendo com que muitos pais de família não tivessem o que por na mesa para os filhos comerem.

Relembrar é viver.

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