Peito para o pleito – Ao meu ver – Por Gian Del Sent

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Minha primeira coluna pós eleição traz alguns assuntos do pleito em nossa Maravilha do Atlântico Sul, como diria Tigrão.

Alias, por falar em Tigrão, que é leitor desta coluna e do Portal Visse?, eu fiquei sabendo por esses dias que esse slogan foi criado por ele. Balneário Camboriú, a maravilha do Atlântico Sul.

Estaduais
A disputa do “denegrir o outro pra crescer o meu” continua em Balneário Camboriú mesmo após as eleições. As falácias são as piores possíveis, desde assunto pela metade até fake news, tudo vale. Pior que quando são rebatidos, os bonitões ficam loucos e partem para ofensas e xingamentos. O fato é que essa polarização em apenas dois nomes é descabida.

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Pulverização
A pulverização dos votos é culpa dos próprios candidatos, partidos e coligações, que não são capazes de pensar na cidade e unir forças em prol de uma candidatura para eleger um representante da cidade. Teve candidato de tudo quanto é lugar tirando voto de quem é daqui. Nessa história, entra o famoso bordão da Dilma. “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”

Região
Carlos Humberto ficou com a suplência do PR na ALESC. Saiu com o nome mais forte e se considera vitorioso. Edson Piriquito com pouco mais de 20 mil votos ficou longe de assumir uma cadeira. Diferente do seu último pleito a estadual, a votação trouxe o reflexo dos desmandos dos seus 8 anos de governo e confirmou o que já havia visto em 2016. Paulinha de Bombinhas está toda prosa, entrou bonito na ALESC. Ary Souza, num geral, foi bem votado para a campanha tímida e com poucos recursos.

Devaneio
Em matéria publicada pelo Página3 na manhã desta terça-feira, o texto traz duas declarações de ERD. Uma é que ele esperava arrancar com 30 mil votos dentro da cidade. A segunda é que ele voltou a pensar em largar a política. Como já citado por mim em outra oportunidade e reafirmado em conversas e grupos de Whatsapp, ERD teria surpresas. E foi.

Efeito PSL
O PSL da região e de todo Brasil surpreendeu. Em Santa Catarina elegeu 4 deputados federais carregados pelo caminhão de votos puxado por Daniel Freitas de Criciúma. Na ALESC serão 6 deputados para brigar pelos interesses da nossa região e do nosso estado. No Governo, a ida de Moisés ao segundo turno, mostra que a margem de erro das pesquisas, podem variar muito mais do que míseros porcentos.

Apoios
Ontem tive rusgas com alguns militantes do PSB quando afirmei que a adesão a campanha de CH foi mínima. Não falei “nenhuma”, falei mínima. Mas foi o bastante para me metralharem inclusive com críticas a minha profissão ou minha opinião política. Pois bem, eu já havia falado isso no dia 07 de agosto em minha coluna. O silêncio foi absoluto. Mas agora, depois dos 10.300  votos em Balneário, se queimaram com a minha colocação.

Ataques
Estou acostumados com esses ataques. Dou risada da situação. Na última semana foi a vez da comunicação da prefeitura me atacar e ter a atitude mais sem noção que já vi até hoje. Ao questionar o tamanho do arquivo de vídeo enviado em um grupo do Whats, aleguei que a massa não tem nem velocidade de conexão e nem planos com muita franquia no celular, o que dificultava baixar um arquivo de 30mb. A resposta foi a pior possível: – “Tens que contratar um plano melhor”.

Comunicar
A função da comunicação da prefeitura é a mais obvia possível, comunicar. Mas atualmente tem que ser nos moldes deles. A pessoa tem que ir atrás da informação ou ter a tecnologia necessária para consumir a informação que eles fornecem. Não se acham na obrigação de fazer a informação chegar a todos os contribuintes e pagadores de impostos. Estes contribuintes que por sinal, pagam os salários deles.

Comunicando
Outra comunicação que está difícil de comunicar é a da Câmara de Vereadores de Balneário. Composto por um time de excelentes profissionais, que tive o prazer de dividir os dias por 6 meses, a comunicação da Câmara parece que está vivendo em função do que a Agência produz. Isso dá-me a impressão de que a equipe que conheci não está podendo mostrar o potencial.

Rádio Câmara
Um grande exemplo disso está no edital lançado na última semana para a reforma da sala e criação do estúdio onde vai ser instalada a Rádio Câmara.
Com um custo de mais de 25 mil reais, o estúdio, de acordo com o projeto, não tem nenhum tipo de isolamento acústico. A sala, que já é pequena, será subdividida com uma antessala que terá um painel com o logo dá rádio em um custo estimado de 10 mil reais. Sem contar as confortáveis poltronas desta antessala que custarão em torno de 625 reais cada uma. Desnecessário.

Isolamento
Comecei a trabalhar em rádio com 14 anos de idade, em 1997. Em 21 anos, NUNCA entrei em um estúdio sem isolamento acústico. Falo isso pelo fato da sala onde será a rádio, ter uma janela para a Av. das Flores, do lado da sede do Corpo de Bombeiros com um heliporto. Imagino eu que precise né?

Vai ter luz
Mas uma coisa temos certeza, vai ser bem iluminada, com seus 17 pontos de luz, em uma sala de 3,30 X 6,00 metros. Outra coisa que ainda não vi, foi o estúdio de gravação. Que é essencial em uma rádio e não vejo como preocupação por parte da Câmara. Procurei duas pessoas para saber quem desenvolveu a “pérola” e não souberam me explicar. Procurei o presidente da casa, que ouviu meu áudio e não me respondeu.

Uma pena.

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