Às vésperas da visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil, que ocorrerá de 9 a 14 de fevereiro, perfis anteriormente bloqueados nas redes sociais por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram restabelecidos. Entre eles, destaca-se a conta do influenciador Monark, reativada por ordem direta do magistrado.
Além de Monark, há relatos de que as contas dos jornalistas Guilherme Fiuza e Bernardo Küster foram reativados. O perfil do empresário Luciano Hang, também voltou a funcionar recentemente. Contudo, não está claro se a reativação dessas últimas ocorreu por decisão judicial ou por outras razões.
A visita da CIDH tem como objetivo avaliar a situação da liberdade de expressão no país. A reativação desses perfis ocorre em um momento de atenção internacional sobre o tema, especialmente considerando as ações anteriores do STF relacionadas ao bloqueio de contas em plataformas digitais.
A CIDH é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA) responsável pela promoção e proteção dos direitos humanos no continente americano. Sua visita ao Brasil inclui reuniões com autoridades governamentais, representantes da sociedade civil e outros atores relevantes para discutir questões relacionadas aos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão.
A reativação desses perfis pode ser interpretada como uma resposta às preocupações internacionais sobre possíveis restrições à liberdade de expressão no Brasil. Observadores aguardam para ver se essa medida sinaliza uma mudança na abordagem do STF em relação ao controle de conteúdos nas redes sociais.
