A Polícia Federal prendeu neste sábado (28.nov.2020), em Portugal, 1 hacker suspeito de invadir sistemas digitais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A prisão foi feita em ação conjunta entre a PF e a UNC3T (Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica) da Polícia Judiciária Portuguesa.
A operação, batizada de Exploit, também cumpre 3 mandados de busca e apreensão e 3 medidas cautelares de proibição de contato entre investigados nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. As ações no Brasil foram autorizadas pela 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.
O ataque hacker foi cometido em 15 de outubro, data do 1º turno das eleições municipais. A ação expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE.
Em 16 de outubro, a PF abriu inquérito para apurar o caso. De acordo com a corporação, as investigações apontaram que o grupo é formado por brasileiros e portugueses, sendo liderado por 1 cidadão português.
Os crimes apurados no inquérito são os de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal, além de outras infrações previstas no Código Eleitoral e na Lei das Eleições.
“Não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação”, disse a PF, em nota.
O ATAQUE HACKER
O ataque aos sistemas do TSE no 1º turno das eleições municipais foi reivindicado por 1 grupo que se intitula como CyberTeam. Em publicação nas redes sociais (já removida), os integrantes expuseram na internet uma série de informações internas do Tribunal.
Logo em seguida, ainda durante a votação, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse ter informações de que o ataque foi feito a partir de 1 país estrangeiro. “[O ataque] Partiu, muito provavelmente, quase certo, de outro país. Às vezes você recebe ataque de outro país e alguém daqui reivindica para levar o crédito”.
Poder 360