Polícia prende Klinger Oliveira Souza, ex-vereador de Santo André condenado por corrupção desde 2017

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A Polícia prendeu, no início da tarde desta terça-feira (25), o ex-vereador Klinger Oliveira Souza. De acordo com investigadores, ele estava andando de carro na cidade e foi detido em uma abordagem da Polícia Militar.

O ex-vereador era procurado desde novembro de 2017, quando foi condenado pela Justiça a 14 anos de prisão por participação em um esquema de corrupção e cobrança de propina no sistema de transporte público da cidade durante a gestão do prefeito Celso Daniel, morto em 2002. À época, Souza era secretário municipal de Serviços Urbanos.

A defesa de Klinger disse que ainda há recursos a serem julgados e afirma que a prisão é ilegal.

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Ele foi apresentado ao 1º Distrito Policial de Santo André, onde segue detido. À noite, porém, deverá ser transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André.

Histórico

O ex-vereador foi condenado juntamente com Ronan Maria Pinto e Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, pela participação em um esquema criminoso de cobrança de propina de empresas de transportes contratadas pela prefeitura de Santo André, no ABC, durante a gestão do então prefeito Celso Daniel (PT), de 1997 a 2002.

De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), empresários que não dessem dinheiro eram ameaçados de terem os contratos com a Prefeitura suspensos.

Sombra ficou conhecido durante o caso Celso Daniel. Em 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou processo contra Sombra, que era suspeito de ser o mandante do assassinato de Daniel. O assassino havia sido condenado em 2012.

O então prefeito foi sequestrado e assassinado a tiros em uma estrada de terra de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O MPE alegou que Daniel foi vítima de crime político porque tentou impedir que a corrupção continuasse em sua gestão. Mas para a polícia, o petista foi morto num crime comum.

Em sua decisão, a juíza Maria Lucinda da Costa esclareceu que ficou comprovado que todos os responsáveis pelas empresas de transportes que atuavam em Santo André contribuíam, na proporção do número de ônibus que possuíam, para organização criminosa instituída.

Uma gravação feita por celular, mostra o momento em que Klinger é levado pela Polícia

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