Poucas e Boas VII – Coluna Ácido Úrico

Foto: Gabriel Valperes/Portal Visse
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Desde o dia 04 de dezembro que eu não passava aqui por essa coluna e não escrevia minhas linhas opinativas ao pessoal que me segue. Mas uma coisa eu digo, esse final de ano foi intenso e 2020 começou com a corda toda. Se for falar de tudo, passo o dia escrevendo. Porém, vou trazer alguns destaques.

Natal

As prévias do Natal ferveu com um vídeo feito pelos “diferentões” desejando boas festas ao munícipes da Maravilha do Atlântico. O novo e os velhos juntos na busca pelo poder? Ou apenas tentando, fracassadamente, passar o recado de que existe o diálogo em quem ama a cidade? O real objetivo não se sabe, mas dá para tirar várias conclusões sobre o caso. Primeiro que de novos não tem nada. Afinal, todos, estão pendurados na política ou tem alguém pendurado por indicação, em todas as esferas. Outra que o único grupo que gostou do tal vídeo, foi a turma do Piriquito que acha legal essa união para “limpar” a imagem do governo mais corrupto da história da cidade. Sem contar o fato de que não existe, e nunca existiu, diálogo por parte dos diferentões. Ou aceita a opinião, ou tu és um mero defensor do atual governo, esquerdista, pau mandado, baba ovo, apaixonado, incompetente, desinformado, burro e vários outros adjetivos dados, pelos três, a quem não concorda com eles. Não existe diálogo! Quando tentou-se, o resultado foi: “Podemos conversar, mas o resultado tem que ser do meu jeito”. Neste caso, aceita quem quer.

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Réveillon

O réveillon foi lindo. Sem chuva, não falou água na rede e nem energia nas tomadas, fogos 100%, balneabilidade com resultados positivos, a cidade em mídia nacional, praia lotada em todos os dias e pinhada de gente na noite da virada. Um destaque especial para a segurança que não registrou nenhuma ocorrência grave. A união das forças de segurança, com bastante diálogo, permitiu que Balneário Camboriú tivesse uma das viradas mais tranquilas das últimas décadas. Mas isso ninguém comenta. Não da para reclamar e elogiar faz mal para a “turma da muvuca”. Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, SAMU, Guarda Municipal e Agentes de Trânsito, com um único objetivo, ter uma virada de ano tranquila. Sem egos. Todos comemorando o mesmo resultado, sem essa de que “a minha grama é mais verde”. Todos felizes, compartilhando os méritos. Ganha a cidade, ganha a população e ganha as corporações.

Faça o que eu digo…

… mas não faça o que eu faço. Esse tem sido o lema de quem adora acusar, mas vira o bicho quando é acusado. Há uns meses atrás fui chamado de vagabundo, sem vergonha, traíra e fura olho. Tenho todas essas acusações registradas em áudio. Porque? Por minhas publicações no Portal Visse, fui acusado de trair o grupo político da atual administração. Em primeiro lugar, como diz a musiquinha, “solteiro não trai”. Só pode ser acusado de traição quem teve algum benefício, ajuda, assumiu um compromisso e depois virou as costas. Então, de traíra, não tenho nada. O mais engraçado é que quem me acusou de tudo isso, tem feito exatamente tudo o que me acusou de fazer. Diariamente, bombardeando a atual administração e o grupo político do prefeito. Seria os ensinamentos de Lênin aos seus súditos esquerdistas? “Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é.”. Morro de rir.

Trambolho

Essa semana foi a vez do “trambolho” do SBT em frente a Praça Almirante Tamandaré ferver nas redes sociais. A estrutura feita com 3 contêiners, muito bonitinha por sinal, será o estúdio de verão do SBT que transmitirá, diariamente, por um mês, a cidade para todo o estado de Santa Catarina. E o melhor, estão pagando para estar lá.
Os mesmos que estão criticando hoje, são os que há 20 anos atrás aplaudiam a prefeitura pagando 300 mil reais para a antiga RBS ocupar a faixa de areia por uma semana com uma passarela e divulgar a cidade no evento que acontecia apenas um dia, no mesmo local. Ou quem há uns anos atrás, achava lindo o PIT do Beto Carreiro que ocupava praticamente o mesmo espaço do “trambolho”, no mesmo local. Ou até mesmo a destruição, na minha opinião, da própria Praça Almirante Tamandaré, que perdeu totalmente a característica que foi, por décadas, marca registrada do espaço.

TV e Rádio Câmara 

Repito o que falei na entrevista que dei ao programa do Niltão semana passada: Acertadíssima a decisão do presidente da Câmara, Omar Tomalih, em rever seus atos (constitucionalmente permitido) e cancelar o edital feito no ano passado para a transmissão das sessões do legislativo. Fui contra essa licitação desde que foi lançada. Em resumo, a licitação acabava com 12 anos de TV Câmara e reduzia a nada a Rádio Câmara que sequer começou a funcionar plenamente. A rádio iria se resumir em transmitir a sessão, ponto. A TV deixaria de existir e a Câmara passaria apenas a transmitir a sessão via internet. Sem contar o termo de referência que era extremamente fraco e cheio de falhas, dando brechas para muita coisa. A Câmara iria se incomodar muito se essa história fosse adiante. A maior alegação para lançar aquela licitação, era o fato da audiência da TV Câmara ser baixa e o custo alto. Trabalha-se para melhorar a audiência e remodela o contrato oras. Não é simplesmente fechar e jogar no lixo 12 anos de história, uma grade com 10 programas, mais a gravação e transmissão de sessões ordinárias, reuniões de comissões, sessões itinerantes, sessão mirim e audiências públicas, todas previstas em lei. Andréa Artigas, com vasto conhecimento em TODAS as áreas da comunicação e não somente de redação, assumiu a comunicação do legislativo. Reviram as reais necessidades da Câmara e não meros caprichos pessoais, e o presidente reverteu a decisão. Parabéns.
O tempo que foi gasto planejando uma licitação que era uma furada, poderia ter trabalhado para fazer o tratamento e isolamento acústico do estúdio da rádio e do estúdio da TV, que continuam com a acústica de um banheiro.

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