Prefeito de Itajaí sugere uso retal de ozônio para tratar covid-19

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O prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), sugeriu mais uma opção de tratamento à covid-19 no município: aplicação de ozônio, pelo ânus, em casos que tiveram diagnóstico positivo nos testes de coronavírus.

Morastoni disse, durante live no Facebook, na noite de segunda-feira, 3 que inscreveu o município na Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), vinculada ao Ministério da Saúde, para integrar um protocolo de pesquisa sobre o uso do ozônio. “Com isso, nós vamos ser autorizados a ter um laboratório de ozônio. Já estamos definindo o local e providenciando os aparelhos”, disse o prefeito.

De acordo com Morastoni, maiores detalhes serão dados depois. “Além da ivermectina, da azitromicina, da cânfora, nós também vamos oferecer o ozônio. É uma aplicação simples, rápida, de dois minutos, com um cateter fininho e isso dá um resultado excelente”, disse. O paciente deverá fazer 10 sessões do tratamento.

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Ozonioterapia

A ozonioterapia é um assunto controverso entre os médicos. Mesmo assim, em 2018, foi autorizada pelo Ministério da Saúde dentro da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, juntamente com aromaterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, terapia de florais, entre outras, por meio de portaria assinada pelo então ministro Ricardo Barros.

Segundo o ministério, a ozonioterapia “representa um estimulo que contribui para a melhora de diversas doenças, uma vez que pode ajudar a recuperar de forma natural a capacidade funcional do organismo humano e animal”.

O CFM (Conselho Federal de Medicina), por sua vez, faz críticas em relação ao uso amplo da ozonioterapia. Em dezembro de 2017, 55 entidades médicas assinaram um manifesto contrário à difusão indiscriminada desse tipo de tratamento para qualquer doença.

“Não há na história da medicina registro de droga ou procedimento contra um número tão amplo de doenças, que incluem, entre outros: todos os tipos de diarreia; artrites; hepatites; hérnias de disco; doenças de origem infecciosa, inflamatória e isquêmica; autismo; e sequelas de câncer e de acidente vascular cerebral (AVC)”, diziam.

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