Prefeitura quer injetar R$ 1,5 milhão na BC Investimentos, que ninguém sabe pra que serve

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Vai ao plenário nesta quarta-feira (08) um projeto de lei que autoriza o executivo municipal a fazer um aporte de capital de 1,5 milhão de reais para a BC Investimentos. O problema é que ninguém sabe direito para que a empresa pública serve.

Antiga COMPUR, que mudou apenas o nome fantasia há alguns anos, era responsável pela contratação dos agentes de trânsito da cidade e recebia dinheiro do poder executivo para cobrir a folha dos servidores. Com a criação da BC Trânsito, a Compur passou a se chamar BC Investimentos, mas até agora não mostrou para que veio.

No site da prefeitura, notícias relativas a empresa são esporádicas, totalizando 9 em 2022, com assuntos aleatórios, poucas ações na área de inovação e zero resultados. A empresa teve um custo de R$ 1,9 milhão em 2022.

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Em 2021 não houve repasses e provavelmente a empresa se manteve com a sobra dos mais de R$ 3 milhões repassados em 2020, quando a BC Trânsito passou a funcionar.

Em 2022, foram dois aportes de 980 mil reais na empresa que deveria atrair investimentos e buscar recursos mas, até o momento, não fatura nem um real e vive nas costas da prefeitura através de aportes financeiros.

TRANSPARÊNCIA

A transparência da entidade é uma lástima, a começar pelo fato de que ainda está no ar o site da já extinta COMPUR. A BC Investimentos, e também a prefeitura, sequer foram capazes de divulgar que um novo site da empresa foi desenvolvido e está no ar, e a reportagem teve que descobrir isso sozinha.

No site novo, não há nenhuma prestação de contas. Quem quiser ver as prestações de contas anterior anterior a junho de 2022, tem que entrar no site da antiga COMPUR e pegar os materiais que foram atualizados até maio de 2022. O mesmo acontece para outros documentos que estão disponíveis no site novo somente a partir de 06/2022.

Hoje, a prefeitura quer injetar mais um dinheiro, sem nem mesmo a população saber aonde foram parar os 1,9 milhão injetados no ano passado. Será que a Câmara vai aprovar isso?

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