Projeto de monitoramento de animais marinhos tem nova unidade de estabilização em Penha

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O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, que é coordenado pela Univali, inaugurou ontem o primeiro de quatro centros de apoio ao resgate de animais marinhos, em Penha. É uma unidade de estabilização, onde os bichinhos receberão os primeiros cuidados antes de serem encaminhados à reabilitação.

O monitoramento é um dos condicionantes ambientais propostos pelo Ibama à Petrobras, para exploração de petróleo e gás na Bacia de Santos. O projeto se estende de Ubatuba, no litoral de São Paulo, até Laguna. Em 20 meses, 25 mil animais já foram recolhidos _ 90% deles, encontrados mortos nas praias.

O desafio para os pesquisadores é dizer qual o impacto da atividade de extração de petróleo e gás na fauna marinha. Mas os levantamentos vão além, e mostram a relação das mortes e doenças dos animais com o lixo, a poluição e a pesca.

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Além de espaço para manter simultaneamente 15 aves, cinco tartarugas e um grande mamífero, como um lobo-marinho, por exemplo, a unidade de Penha tem espaço adequado para autópsias, que estão entre as atividades principais do centro de estabilização. O novo centro substitui o antigo espaço, que pertencia à Univali. Quando o projeto patrocinado pela Petrobras for concluído, a estrutura será incorporada pela universidade.

No segundo semestre serão inaugurados mais dois centros de estabilização, em Laguna e São Francisco do Sul, e uma base de reabilitação em Florianópolis. As obras, que não têm o investimento divulgado, são custeadas pela Petrobras.

Preocupação

O professor e pesquisador André Barreto, que coordena os trabalhos do projeto de Monitoramento de Praias no Sul e no Sudeste do país, diz que tem chamado atenção a grande quantidade de mortes de tartarugas e toninhas _ uma espécie de golfinho ameaçada de extinção. Diz que os animais encontrados têm uma condição de saúde preocupante.

No momento, o projeto está analisando os contaminantes encontrados no organismo dos animais recolhidos, o que pode indicar quais são as fontes poluidoras que mais impactam a fauna marinha por aqui.

Por  O Sol Diário

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