PSL catarinense suspende quatro deputados anti-Moisés, até mesmo presidente da CPI dos respiradores

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A direção estadual do PSL julgou na noite desta segunda-feira (18) o processo disciplinar de quatro de seus seis deputados estaduais. Ana Campagnolo, Felipe Estevão, Jessé Lopes e Sargento Lima sofreram uma punição com a perda de funções representativas por sete meses.

Ou seja, os quatro parlamentares ficam impedidos de atuar em nome do partido dentro da Assembleia Legislativa do Estado (Alesc), especialmente nas Comissões Permanentes, decisão que inclui a atuação na CPI dos Respiradores, da qual Lima é presidente e Estevão é membro.

Os quatro deputados são da ala bolsonarista do PSL, que desde o ano passado entrou em rota de colisão com o governador Carlos Moisés, especialmente em relação às decisões do governo do Estado que, para eles, são divergentes daquelas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

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O processo disciplinar foi aberto ainda ano passado após uma representação de filiados contra Campagnolo e Lopes por, supostamente, terem feito chacota de Moisés nas redes sociais. Lima e Estevão foram inclusos depois por alegadamente votarem contra os projetos do governo.

A animosidade entre o governador e a ala bolsonarista aumentou bastante depois de Moisés ter concedido uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, onde afirmou que o gesto de fazer arminha com as mãos era uma “sandice”, gerando fortes reações de Campagnolo e de Lopes.

Lima se manifestou sobre a punição dizendo que vai recorrer na instância nacional. Para ele, a decisão tomada pela executiva do PSL catarinense é uma tentativa de obstruir as investigações desenvolvidas pela Alesc referente à compra dos respiradores pulmonares por R$ 33 milhões.

“Essa é uma atitude que busca claramente intimidar este deputado, bem como, o deputado Felipe Estevão no andamento dos trabalhos da CPI. Digo mais, esse fato constitui flagrante tentativa de obstrução das investigações desenvolvidas pela CPI”, disse Lima através de nota.

“Desde o ano passado, os deputados que se recusaram a obedecer às ordens do governador e mantiveram a atuação conforme as suas convicções e ideologias, seguindo os compromissos assumidos em campanha, passaram a ser perseguidos pelo Executivo”, complementou Lima.

 

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