Um acordo costurado nesta quarta-feira (1º), o PT se comprometeu a apoiar os candidatos do PSB aos governos de Amazonas, Amapá, Paraíba e Pernambuco em troca da neutralidade dos socialistas na eleição presidencial.
Ao decidir pelo apoio aos candidatos aos governos desses estados, o PT conseguiu que, em troca, o PSB não apoie nenhum candidato na disputa pelo Palácio do Planalto – posição que o próprio presidente do PSB, Carlos Siqueira, rejeitava há duas semanas.
Nos últimos meses, a campanha do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, vinha tentando atrair o apoio do PSB para formalizar uma chapa entre os dois partidos, na qual o PSB indicaria o candidato a vice.
Nas palavras de um dirigente do PSB que participou das negociações, o PT buscou o apoio do PSB porque sabia que, com um pacto de não agressão entre as duas siglas, a campanha de Ciro seria “desidratada” e o candidato do PDT ficaria isolado na corrida ao Palácio do Planalto.
Ao optar pela neutralidade, o PSB deixa de colaborar com tempo de TV e com recursos do fundo partidário para a campanha de Ciro Gomes.
De acordo com levantamento do Banco BTG Pactual, por dia, o PSB tem direito a 3 minutos e 50 segundos de propaganda na TV durante a campanha presidencial. Já o PDT de Ciro Gomes tem direito a 2 minutos e 20 segundos.