Quem comunica mal, tem que falar duas vezes

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Não adianta, Fabrício Oliveira não aprende.

Blindado por uma bolha sustentada por uma turma densa de puxas saco que, no ápice de suas inutilidades, só sabem dizer para o chefe o quanto ele é bonito e sua voz fica linda cantando “Vamos Fugir”, não deixa que problemas reais, e que atingem diretamente o governo, cheguem até o prefeito da cidade.

Com isso, o prefeito vive no país das maravilhas pois os puxas além de pintar uma realidade que não existe, também não resolvem os problemas. E olha que são coisas básicas.

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Comunicar é a principal delas. Fabrício, que é um marqueteiro nato, tem uma das piores comunicações institucionais que já vi, poucas foram as fases boas do departamento de comunicação. Em compensação, suas redes pessoais estão impecáveis. Assim como o cabelo e o terno indicado pelo personal stylist.

E olha que eu tenho falado disso há muitos anos. Outros também tem avisado, mas parece que o prefeito é meio arredio a críticas, por mais construtivas que sejam. Se sente mais confortável com os afagos.

Porque estou falando tudo isso? 

No início do mês, mais precisamente no dia 02, o prefeito esteve na Câmara de Vereadores em uma das reuniões do Conselho da Cidade. Na ocasião, ele apresentou um projeto conceitual de uma obra de um parque urbano que, vista de qualquer jeito como foi, é megalomaníaca e fora da realidade.

A apresentação foi tão mal divulgada, sem sequer um “aviso de pauta” da sua assessoria, ou qualquer notinha da prefeitura sobre o assunto, que dava para contar as pessoas no plenário semivazio para quem Fabrício discursou.

A “divulgação oficial” da prefeitura só aconteceu no dia 03, perto das 11 da manhã, sem especificar muita coisa, sem detalhes, sem imagens e sem informações concretas sobre a ideia. Interessante é que antes mesmo do prefeito iniciar a apresentação, já tinha jornalista com o powerpoint em mãos.

Tudo que saiu na imprensa foi achismo, uns vazamentos de imagens e outras falas de alguns secretários intocáveis que apenas uma pequena casta de jornais tem acesso. A desinformação reinou neste episódio.

Eu soube de fontes seguras que Fabricio ficou maluco com o que aconteceu, pois nem a imprensa da cidade estava presente para apreciar seu anúncio.

Mas e ai? O que mudou? O que ele fez para mudar? NADA.

Oportunismos 

Bastou uma meia dúzia de meias verdades para uma galera oportunista montar em cima de MAIS UMA falha de comunicação do governo e começar a criar um perrengue desgraçado. Teve até carta apócrifa, sem nenhum corajoso peitudo para assinar, rolando nos grupos de whats.

Oportunistas, sim. Burros? Jamais.

Me parecem mais inteligentes que a própria assessoria do governo Fabrício Oliveira que, mesmo diante da GRAVE falha e um risco iminente de uma crise, manteve-se em silêncio pro 15 dias. Foi no silêncio do governo que os oposicionistas apareceram.

Até manifestação estão querendo fazer, com plaquinhas e megafone, para protestar contra o projeto anunciado mal e porcamente.

Tem que falar duas vezes

Agora, depois de toda a muvuca rolando, a prefeitura correu para emitir uma nota se justificando. Olha o ponto que chegou! A prefeitura ter que responder a uma carta anônima que só existe porque ela mesma falhou em comunicar-se.

Fabrício poderia facilmente se aliar a Carlos Moisés e trocar as “Novas Ideias” por “Governo do Bombeiro”. Afinal, vive apagando fogo e socorrendo as mancadas.

Na nota, que por sinal eu recebi de um vereador e NÃO ESTÁ no site da prefeitura, explica que o apresentado nada mais é que um conceito, uma ideia, que para sair do papel tem uma longa caminhada e não vai acontecer da noite para o dia.

A situação ficou tão fora do controle, que a notinha teve que explicar que NADA será desapropriado agora, nem mesmo declarado interesse público e muito menos será limitado o potencial construtivo ou qualquer construção nessa área.

Meu Silêncio

Quem lê esta coluna e acompanha o Portal Visse, deve ter notado que não pautamos essa apresentação feita na Câmara, nem mesmo o release divulgado pela prefeitura no dia seguinte e muito menos foi assunto aqui na coluna.

O motivo é simples!

Eu sabia que a crise viria. Eu sabia que ia dar pano pra manga e para os mais próximos eu comentei na época. Mas é aquela história, os entendidos são quem estão no poder né? Os reles mortais aqui fora não devem ter suas opiniões levadas em consideração.

E quem comunica mal, tem que falar duas vezes.


Quem comunica mal, tem que falar duas vezes
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent

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