Residencial que passará por audiência pública NÃO está sendo comercializado

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Nesta segunda-feira, dia 13, o Portal Visse publicou uma matéria informando que a prefeitura de Camboriú realizaria uma audiência pública para a aprovação de um empreendimento que supostamente já estaria sendo vendido.

Acontece que a informação NÃO PROCEDE.

Ao procurar a assessoria de imprensa da prefeitura de Camboriú, que consultou a Secretária de Planejamento Eloísa Chiamulera para responder o questionamento, a reportagem teve uma resposta pela metade, que sequer fez questão de esclarecer que a denúncia não procedia, levando o jornalista do Portal Visse ao erro.

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A falta de informação, gerou uma grande desinformação. A falta de transparência nas aprovações da Secretaria de Planejamento e Conselho da Cidade, que inclusive são alvos de investigação do Ministério Público, também cooperaram para a “mancada” do Portal Visse.

ESTÁ TUDO OK 

Embora o endereço e o terreno sejam os mesmos, os empreendimentos envolvidos na notícia são distintos.

O que está sendo vendido é o “Residencial Prosperittá 1”, da Prosperittá Construtora, e já tem incorporação formalizada, matrícula no registro de imóveis e projeto aprovado na prefeitura. Portanto o empreendimento está totalmente legalizado, dentro do que rege o Plano Diretor do Município e de acordo com as leis federais.

Já o empreendimento que passará por audiência pública amanhã (15) é o “Condomínio Residencial Grand Park Sardagna”, no mesmo endereço, porém com projetos de construção distintos.

Em contato com a reportagem, a construtora Prosperittá esclareceu que o empreendimento a ser construído no local trata-se de um complexo imobiliário que detém previsão de possuir, caso exista a devida aprovação pelo Poder Público, 08 (oito) empreendimentos imobiliários autônomos, dentre edifícios residenciais e um condomínio residencial fechado.

A empresa ainda esclareceu que cada empreendimento possuirá uma incorporação imobiliária individualizada e autônoma umas das outras.

A Sardagna Empreendimentos também entrou em contato com a reportagem confirmando as informações e que não foi anunciado, bem como autorizado a divulgação de qualquer material de venda referente ao empreendimento da Sardagna em Camboriú, uma vez que a empresa aguarda as aprovações e a devida incorporação que a lei exige.

FALTA DE INFORMAÇÃO

Todas as informações prestadas pelas empresas responsáveis pelos empreendimentos poderiam ser dadas pela própria prefeitura quando foi questionada. Mas a assessoria de comunicação, bem como a Secretária de Planejamento, preferiram passar a informação pela metade e com uma resposta de dupla interpretação.

A assessoria foi questionada claramente com a seguinte pergunta:

“A prefeitura tem ciência que já está havendo grandes intervenções no terreno desse empreendimento e que as unidades já estão sendo anunciadas?”

A reportagem teve a seguinte resposta: 

“De acordo com a secretária a terraplanagem eles podem fazer. Se realmente estão vendendo tem que ser feita uma denúncia formal na Ouvidoria”

Em momento algum a assessoria e a secretária se preocuparam em esclarecer que a denúncia não procedia, apenas disse que se houvesse ilegalidade, que fosse feita uma denúncia pela ouvidoria.

A nossa reportagem já está acostumada com falta de atenção do Poder Público de Camboriú quando questionada no âmbito jornalístico. Até mesmo a secretária de planejamento foi consultada pela reportagem na semana passada sobre assuntos da pasta e não respondeu. Assim como a assessoria também já foi procurada para solicitar informações sobre empreendimentos que seriam pauta de audiência pública e nunca teve resposta.

DENÚNCIAS 

Essa falta de informação se dá pelo simples fato da nossa reportagem, através do jornalista responsável pelo Portal Visse, denunciar irregularidades no governo de Camboriú, inclusive que culminaram em procedimentos abertos pelo Ministério Público de Santa Catarina, resultando também em ações judiciais por improbidade administrativa. (Saiba mais aqui)

O silêncio em questionamentos feitos pela reportagem, por parte da comunicação da prefeitura, inclusive levou a uma denúncia no Ministério Público que questionou a assessoria e também ficou sem respostas. A responsável pela pasta foi processada pelo MP por omitir e retardar informações em procedimentos abertos pelo órgão. (5006103-12.2021.8.24.0113)

NOTA DA REDAÇÃO

O Portal Visse segue fazendo seu trabalho, com o compromisso de mostrar tudo que a comunidade precisa saber e que muitas vezes ficam escondidos pelos corredores do Poder Público. Continua com seu compromisso com quem gera emprego, gera renda, gera desenvolvimento, gera riqueza para o povo e segue atuando dentro da legalidade.

 

 

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