Respeitem o jornalismo! – Coluna Ácido Úrico

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Hoje em dia, toda e qualquer publicação de matéria que envolva políticos, tem três tipos de interpretações ou destinos. Primeiro, chamam de fake news. Essa é padrão e a mais usada. Tudo que envolva a eles é chamado de fake, o difícil é provar o contrário. Segundo, dizem que é tendencioso, perseguição política ou para favorecer esse ou aquele político. Terceiro é aquela xaropisse de ligações e mensagens com explicações, como se tivessem a obrigação de explicar algo ao jornalista.

O que tenho a dizer é que Respeitem o Jornalismo! Respeitem o Jornalista.

A Notícia

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Aos que acham que todo mundo está preocupado com o nó de suas gravatas e que lado dos glúteos está mais amassado por ficar sentado em suas confortáveis cadeiras eletivas, tenho que explicar como funciona a produção de uma matéria jornalística.

Antes de mais nada é preciso ter uma pauta. A pauta é todo fato ou acontecimento que pode ser aproveitado e quiçá virar notícia. Com a pauta na mão o jornalista vai atrás dos fatos, busca mais informações, estuda os casos, busca leis se for o necessário, enfim, disseca o assunto. Se for o caso, busca as partes para ter o contraponto. Ai então é que começa a escrever sua matéria que pode, ou não, virar notícia. Nada cai do céu pronto para ser publicado, caso contrário não seria jornalista mas apenas um replicador.

Câmara

Após a publicação da matéria falando do bafão envolvendo a vereadora Juliethe Nitz, que tomou uma rasteira histórica ao ser destituída da Mesa Diretora da Casa do Povo, borbulhou mensagens e ligações no meu whatsapp. Umas atendidas, outras respondidas e outras não. Boa parte destes contatos com o único intuito de justificar o que aconteceu. Minha resposta é simples: Não subestime um jornalista.

Câmara II

A pauta era apenas uma. A reclamação da vereadora sobre o pé na bunda que levou enquanto gozava de sua licença maternidade. O resto, é trabalho de horas de um jornalista. Aqui não existe alguém irresponsável o bastante para afirmar algo sem ter o mínimo de embasamento para tal. Aqui ninguém vai publicar uma afirmação sem ter como provar. Aqui ninguém vai afirmar um desvio de conduta sem antes saber a base legal para tal. E digo mais, ler o regimento interno, buscar todos os termos como “Mesa diretora”, “destituir”, “liderança” ou “renúncia”, em uma resolução com 220 artigos, não é algo legal e que se faz sorrindo. Pior ainda, é procurar falas específicas em vídeos de horas.

Câmara III

O que será desse assunto, o Portal Visse vai voltar a publicar quando for resolvido. Explicações deverão ser dadas em plenário, não aqui. Mas lembrem-se de uma coisa. Aqui do outro lado exitem jornalistas empenhados em trazer os fatos através de notícias. Aqui não existe assessor de político querendo favorecer a um ou a outro. Os assessores oficiais, preferem ficar batendo boca em rede social no tempo em que deveria estar fazendo seu trabalho e emitindo pelo menos uma nota oficial do envolvido. Assessorias falhas, como é o caso da vereadora Juliethe que, até o momento, não publicou uma nota sobre o fato. Portanto, RESPEITEM O JORNALISMO!

Câmara IV

Levando em consideração algumas declarações de que a vereadora sabia do acordo feito a portas fechadas e apenas anunciada na sessão, se for verdade, deveriam sentir vergonha de uma novata de primeiro mandato ter dado o balão nos macacos velhos. O regimento interno é claro, saída de cargo na mesa diretora tem que ser documental, ponto! Seja por renúncia, destituição pelo plenário ou por morte. Tem que documentar.

Se tomaram o tombo da Juliethe, teriam que ter vergonha. Pois além de fazerem algo que não é previsto no regimento, ainda fizeram mal feito.

Câmara V

Liderança de partido não tem autoridade para renunciar por vereador no cargo da mesa diretora. Cargo em mesa diretora não são comissões legislativas, indicadas pelas bancadas, respeitando a proporcionalidade. Mesa diretora é um órgão diretivo dentro do legislativo, composto por cargos eletivos, colocados lá por votos. Se combinou ou não os votos é outra história, mas precisou do voto para estar la. Tão importante que existe um capítulo exclusivo para falar dela no regimento interno. Então, parafraseando Pedro Pedreira, “Não me venham com chorumelas”.

Respeito 

E o respeito que peço neste texto, não está limitado ao caso da “Casa do Povo”. É geral. A prefeitura de Camboriú que o diga.
Não posso falar por todos, pois tem cada boca aberta (para não dizer alugada) que se diz jornalista, que replicam ipisis litteris tudo que recebem em seus whats, e sai por ai regurgitando besteiras, sem nem ao menos checar a veracidade da informação. Esses que respondam por si. Falo por mim, pelo Portal Visse.

Respeitem o Jornalismo!

 

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