Restinga na Praia Central: Manda quem pode, obedece quem tem juízo

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Como muitos já sabem, o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Edson Renato Dias, o Piriquito, é pré-candidato a deputado estadual pelo Republicanos, partido do Governador Carlos Moisés. O que não tem faltado é Piriquito contando mentiras sobre o Plano 1000(gué) e falando orgulhoso dos feitos deste governador que não fez absolutamente NADA pela cidade.

Acontece que o primeiro “movimento” de Piriquito para colocar seu nome na rua, o que tem lhe causado diversos episódios de “vergonha alheia”, é criticar e descer a lenha em uma decisão que partiu do IMA, órgão ESTADUAL do meio ambiente, sob o comando de Moisés, endossado pelo Ministério Público do Meio Ambiente. Começar campanha batendo no Governo do Estado não é lá uma boa estratégia.

Sim, a decisão de recompor a restinga na Praia Central é uma exigência do IMA (na época FATMA), desde a aprovação da Licença Ambiental Prévia (LAP), emitida em abril de 2018. Foi exigido um projeto de recomposição desta restinga com a implantação de dunas embrionárias, que passou pela aprovação do IMA e afirmado novamente na Licença Ambiental de Instalação (LAI), documento indispensável para a realização do alargamento.

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Há de se lembrar também que o processo para obtenção destas licenças, que não passou de protocolos, começou em 2015, sob a gestão de Piriquito. A empresa que fez o projeto das dunas para o alargamento é a Aquaplam, a mesma que Piriquito contratou para o primeiro estudo do alargamento em 2014. Em setembro de 2014 foi realizada uma audiência pública para apresentar o EIA/RIMA, que Piriquito contratou, que já previa a recomposição vegetal da orla como obra complementar, pois os técnicos sabiam que a FATMA exigiria.

Por falar em FATMA, dizem que Piriquito frequentava muito o órgão ambiental enquanto foi secretário da ADR de Itajaí, pouco antes de ser liberada a primeira licença prévia, e o assunto não era as dunas. Alexandre Waltirck que o diga.

Se eu acho legal? Não, não acho. Se eu acho bonito? Não, não acho. Se sou a favor? Não, não sou. Mas se o IMA exigiu que fosse feito, então se faz. Alias, para sair essas licenças foi um parto, imagina se tivesse brigado contra isso. Faz e pronto.

Todo o “movimento popular” feito por Piriquito, dando a entender que foi a prefeitura que decidiu por isso sem consultar a comunidade, nada mais é do que tentar arranjar um palanque político para mostrar a cara, já que o ex-prefeito não tem mais espaço em tablado nenhum. Uma audiência pública então? Seria tudo para quem não tem nada.

Piriquito não está preocupado com questões técnicas, ambiental, visual ou “espaço para turistas”. Piriquito só quer aparecer. Se ele estivesse preocupado com questões ambientais, teria cuidado melhor da orla em 8 anos como prefeito. Ou em fazer algo para despoluir o Marambaia. Ou não teria avançado a calçada para cima da areia em alguns pontos da Atlântica em 2012.

Quer uma pauta ambiental boa Piriquito?

Cobre do IMA, IBAMA, MP, MPF, Governador, Presidente e do prefeito de Camboriú, que resolvam o problema de saneamento na cidade vizinha e parem de jogar milhões de litros de esgoto todos os dias no Rio Camboriú. Ou você não pode bater no seu ex-companheiro de partido que abriga os seus chegados na prefeitura da Capital da Pedra?

O eleitor espera que o candidato apresente projetos para a região, brigue pela saúde que você fez o favor de colocar na cola de Balneário o atendimento hospitalar das cidades no entorno. Brigue pela educação e pelas escolas estaduais que estão sucateadas e em completo estado de abandono. Ou não pode brigar por essas pautas também? Querer fazer palanque em algo que já está feito, é pura politicagem.

Então, Piriquito, entenda uma coisa. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Isso se aprende desde cedo. Lembra na escuta telefônica do GAECO na Trato Feito, aquele processo que você é réu, em que dois secretários conversavam e um deles falou da tal da Sotepa? Lembro bem que um deles disse, e o outro concordou, que “o prefeito bota ali” e que o prefeito só queria ela. Então. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Igual era no seu tempo.


 

Restinga na Praia Central: Manda quem pode, obedece quem tem juízo
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent

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