Santa Catarina deixa o “Estado de Calamidade” por conta da pandemia

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Após dois anos, Santa Catarina não está mais em estado de calamidade pública por conta da pandemia da Covid-19.

O governador Carlos Moisés anunciou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 31, em Florianópolis, que não irá renovar o decreto de emergência em saúde, que valia até esta data. A ação faz parte do processo de volta à normalidade em função da melhora do cenário epidemiológico e do avanço na vacinação.

Santa Catarina encerra o período de calamidade pública com a menor taxa de letalidade para a doença no país – 1,3% contra 2,2% na média nacional. Atualmente, são 4,2 mil casos ativos para o novo coronavírus – no pico, em 29 de janeiro deste ano, foram mais de 80 mil.

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Em termos práticos, o fim da calamidade pública significa um retorno aos ritos habituais nos processos de gestão administrativa, notadamente na Secretaria de Estado da Saúde. O Centro de Operações em Emergências em Saúde (COES), por exemplo, deixa de existir. O órgão deu suporte técnico às decisões tomadas pelos gestores públicos no enfrentamento à pandemia. O governador explica que o Governo seguirá com os atendimentos a todos que necessitem, porém o que eram regras anteriormente passam a ser orientações agora, como o uso de máscaras.

Antes do início da coletiva, o governador pediu a todos os presentes que prestassem 1 minuto de silêncio em homenagem às vítimas da pandemia em Santa Catarina, no Brasil e no mundo.

“A pandemia não acabou hoje. Esse momento reflete o novo enfrentamento da pandemia e nos permite olhar para frente.”, destacou o governador. “Precisamos acelerar o processo de imunização em todos os níveis. Essa polêmica que se criou em torno das vacinas pode nos levar ao retrocesso. Não podemos permitir isso”, ressaltou.

Início da vacinação

O primeiro catarinense a ser vacinado foi o enfermeiro Júlio Cesar Vasconcellos, em 18 de janeiro de 2021, em um ato na cidade de São José, na Grande Florianópolis. Desde então, com uma rede para distribuição rápida e uma forte parceria com os municípios, responsáveis pela aplicação das doses, o estado sempre se manteve entre os líderes da vacinação no país.

Atualmente, são mais de 14 milhões de doses aplicadas: 90% da população elegível já recebeu a primeira dose; 83% tem o ciclo vacinal completo e 74% das pessoas acima de 60 anos já receberam a dose de reforço. Além disso, os municípios estão autorizados a aplicar a quarta dose para os idosos com mais de 80 anos.

Apesar dos números, o secretário André Motta Ribeiro reforça a necessidade de que todos que ainda não se vacinaram procurem os postos de saúde para receber a imunização: “A vacina permanece como a principal arma para evitar as formas graves da doença. Todos os imunizantes aprovados pela Anvisa são seguros e ajudam a preservar a saúde individual e também coletiva”. 

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