A greve dos servidores do magistério de Camboriú continua. Nesta terça-feira (15), o Sindicato dos Servidores Municipais de Camboriú (Sisemcam) se reuniu com o poder executivo para ouvir as propostas de reajustes e também de requalificação do quadro geral de servidores.
A proposta feita pela Prefeitura de Camboriú é de readequar entre 20% e 150% os salários do quadro geral de servidores, o valor varia de acordo com a defasagem salarial. Um exemplo dado pelo prefeito Elcio Rogério Kuhnen (MDB), em uma live no Facebook na página da prefeitura, foi o salário do auxiliar administrativo. De R$ 1.158 para R$ 2.085.
Essa readequação foi apresentada aos servidores durante assembleia organizada pelo Sisemcam. A maioria aprovou.
“Com o momento econômico que vivemos hoje será possível não só dar o aumento como também fazer concurso público, que não é realizado há muitos anos em Camboriú. Isso é um ganho para o município e para a população que terá profissionais mais qualificados à disposição, uma vez que acabamos perdendo bom profissionais por causa dos salários. O estudo concluiu que esse aumento terá um impacto de R$14 milhões a mais por ano na folha de pagamento”, destaca o procurador do Município, Hélio Derene Cardoso Filho.
Situação dos professores
Os profissionais do magistério não entram nessa readequação do quadro geral – só os servidores de administrativo, merendeira, etc. A proposta feita pela prefeitura foi de um valor fixo a ser acrescentado, como um abono salarial, de R$ 423. Mas, só para professores. Para os monitores nada foi oferecido.
A assembleia recusou a proposta. Por dois motivos, o principal por não terem incluído as monitoras na negociação. O outro foi o valor fixado. Os grevistas pedem por valor índices inflacionários, e os R$ 423 não suprem os aumentos de inflação dos últimos dois anos, segundo a presidente do Sisemcam, Luciana Sobota.
O sindicato também defende que este valor, para quem recebe o piso salarial municipal, não chega a 10% de aumento. Além disso, regride ao longo da carreira, ou seja, ao salário de cada profissional.
Próximos capítulos
O sindicato deve entregar na quarta-feira (17) um documento para o executivo sobre o que foi decidido na assembleia e irão aguardar uma nova conversa para negociar os reajustes do magistério. Enquanto isso, a greve continua.
Fonte: Linha Popular