Subcomandante da PM de Camboriú é aprovada para integrar missão de paz da ONU

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Pela primeira vez na história, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) vai contar com uma policial feminina aprovada e apta para integrar missão de paz das Organizações das Nações Unidas (ONU). A 2º tenente Brianna Tosetto de Souza, subcomandante da 1ª Companhia do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), foi aprovada no processo seletivo realizado no Rio de Janeiro neste mês de dezembro.

A iniciativa da ONU de promover no Brasil uma avaliação para seleção de voluntários em missão de paz (United Nations Selection Assistance and Assessment) é inédita. Os candidatos passaram por avaliações de idiomas, direção 4×4 e tiro. E agora os aprovados estão aptos a integrar a Missão de Paz na condição de United Nations Police (UNPOL), que é a agencia policial da ONU e integra as missões.

A tenente Brianna ingressou na PMSC em 2008, como aluna-soldado, e desde então já havia manifestado o interesse em participar da seleção. “Na época da academia, lembro que eu e um colega estávamos passando pelo mural de informações e vimos que havia um edital aberto selecionando policiais para as Missões de Paz, porém, na época, a seletiva era apenas para oficiais”, explica. “A ideia de participar ficou guardada por vários anos e assim que terminei o Curso de Formação de Oficiais (CFO), em 2017, outro edital foi aberto e então decidi tentar”, conta.

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Atualmente, alguns dos requisitos exigidos pela ONU para participar do processo seletivo são a proficiência em inglês ou em francês, pelo menos cinco anos de serviço como policial, e agora podem participar tanto praças quanto oficiais, entre outras exigências.

Ao final das avaliações, 50 profissionais estavam habilitados e aptos a integrar as Missões de Paz da ONU, entre eles, nove eram mulheres. Agora, os aprovados aguardam convite para integrar missões de paz, baseado com seu perfil e habilidades.

A motivação em ser uma melhor profissional foi peça chave para a oficial dar esse grande passo. “Sempre quis participar de algo em que eu pudesse ajudar outras pessoas. Em missões ou lugares que realmente precisam de ajuda. Ou que estão em guerra ou sem estrutura mínima. Tenho convicção de que esta experiência trará muito conhecimento e aperfeiçoamento profissional”, acredita a policial.

Além disso, ela também destaca a ascensão das mulheres nas corporações militares, e o reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido pelas policiais femininas. “Vejo que as mulheres da corporação estão surpreendendo cada vez mais e se destacando em suas unidades. Não existe mais limite para a gente. Não importa o gênero, importa o que ser quer, de fato. Eu tinha vontade de fazer acontecer. E hoje, estou aqui”.

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