Tempo de isolamento de pessoas com covid pode ser reduzido

Foto: pixabay
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O ministério da Saúde está avaliando reduzir o tempo de isolamento de dez para cinco dias de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, mas que estejam assintomáticos. “Está em estudo na área técnica. Possivelmente será adotado no Brasil, está sendo adotado em outros países com base em evidências científicas”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Ele ressaltou, ainda, que o tema será tratado na tarde de hoje (07) com secretários de Saúde. Outra possibilidade é que profissionais da saúde assintomáticos façam parte da linha de frente no atendimento aos pacientes com covid-19.

As mudanças, segundo o ministro Queiroga, acompanham decisões semelhantes, como a adotada nos Estados Unidos, pelo CDC, o Centro de Controle de Doenças norte-americano. Lá, o tempo recomendado de isolamento em caso de resultado positivo para covid-19 passou de dez dias para cinco dias, se não apresentarem sintomas ? e se usarem máscaras por perto de outras pessoas por pelo menos mais cinco dias.

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A França reduziu o tempo de isolamento de infectados sem sintomas de dez para sete dias e acabou com a quarentena para quem tem contato com infectados e está vacinado. E, diante do forte avanço no número de casos de covid-19, principalmente relacionados à variante ômicron, o governo francês anulou a obrigação de quarentena aos profissionais de saúde para que eles voltem ao trabalho, desde que não apresentem sintomas.

No entanto, as regras são rigorosas: estar vacinado, usar máscara, respeitar as medidas de distanciamento social, evitar momentos sem máscara com colegas ou pacientes e abrir, sempre que possível, as janelas.

Em relação ao aumento no número de casos aqui no Brasil, o ministro da Saúde disse que a pasta tem condições de atender aos pedidos de testes tanto para identificar a covid-19 quanto a influenza do tipo H3N2.

“A gente tem que se preparar para os cenários de maior gravidade. A ainda não sabe tudo dessa variante. O que nos preocupa muito é a região norte. Primeiro, porque as coberturas vacinais são mais baixas. Segundo, porque o sistema de saúde, cronicamente, é mais frágil do que o estado do Rio de Janeiro, o estado do Rio Grande do Sul. Então, temos que ter um plano de contingência consistente para que, se houver uma pressão sobre os sistemas de saúde, os estados e municípios poderem responder de maneira adequada a uma situação como essa”, ponderou o ministro.

Na entrevista, Marcelo Queiroga também lembrou que o ministério está acelerando a campanha de vacinação contra covid-19 nos grupos prioritários e em especial na região norte do país, onde os índices de aplicação da segunda dose estão baixos. O ministro informou também que já foram distribuídas 20 milhões de doses de reforço para os estados e municípios.

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