Uso e produção da vacina da AstraZeneca é suspensa após casos de trombose

Foto: Julio Cavalheiro/Secom/Divulgação/ND
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O Brasil decidiu interromper o uso da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 como dose de reforço para a população com menos de 40 anos.

Desde o final de 2021, o Ministério da Saúde recomendou que as vacinas de vetor viral, como a AstraZeneca e a Janssen, não fossem mais aplicadas devido ao risco aumentado de trombose, principalmente em mulheres. A produção do soro pela Fiocruz também foi interrompida, e o contrato não foi renovado.

A nota técnica, publicada em 27 de dezembro de 2022, passou despercebida em meio ao caos que tomou conta do país após a posse do presidente Lula e a invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro.

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Segundo o documento, “do total de 40 casos prováveis e confirmados de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia distribuídos por dose de vacina para covid-19, notificados no e-SUS Notifica Brasil (excluindo-se São Paulo), 34 foram atribuídos à vacina da AstraZeneca”.

Até janeiro de 2022, a vacina já havia sido usada em cerca de 115,6 milhões de pessoas no país. Embora o efeito adverso observado seja raro, os riscos foram levados em conta, e outros imunizantes são preferidos. A vacina da Pfizer foi considerada um artigo de luxo nos primeiros dois anos da epidemia.

Os contratos específicos para vacinas de RNA e para a Coronavac foram preferidos em detrimento da AstraZeneca. Os efeitos colaterais não são ta

Resposta do laboratório

RFI Brasil entrou em contato com a AstraZeneca sobre o risco de trombose envolvendo a vacina. Leia a íntegra da nota enviada pela assessoria de imprensa do laboratório.

“A AstraZeneca reforça que a vacina contra a covid-19 —Vaxzevria— apresenta um perfil de segurança favorável, assim como já declarado pela Organização Mundial da Saúde e outros órgãos internacionais, em que os benefícios da vacinação superam quaisquer riscos potenciais.

É importante ver que esta análise conduzida a partir de um grande banco de dados de registros eletrônicos de saúde constatou que a mortalidade por todas as causas, incluindo a cardíaca, não aumentaram entre os jovens que receberam vacinas contra a covid-19.

Ressaltamos que o estudo também analisou a relação da vacina Vaxzevria com mortes de mulheres jovens de 12 a 29 anos, evidenciando que não foi possível estabelecer nenhum vínculo causal. Os autores também afirmam que é difícil estender qualquer conclusão para o público em geral porque a vacina foi usada apenas durante um curto período de tempo e em uma população selecionada.”

Segundo a farmacêutica, estimativas mostram que a Vaxzevria ajudou a salvar mais de 6 milhões de vidas no primeiro ano de vacinação, de dezembro de 2021 a dezembro de 2022.

rdios e ocorrem principalmente em pessoas jovens, abaixo de 40 anos e mulheres.

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