O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse que a Justiça emitiu uma ordem de captura contra três ex-deputadas da oposição, no início da semana. O mandato das parlamentares terminou em janeiro de 2021, e ambas se exilaram na Espanha e nos Estados Unidos.
As ex-parlamentares são Dinorah Figuera, Marianela Fernández e Auristela Vásquez. “Nós as processamos e solicitamos os respectivos mandados de prisão”, disse Saab.
O regime do ditador Nicolás Maduro conseguiu retomar o controle do Poder Legislativo, em dezembro do ano passado, depois de eleições consideradas suspeitas. A partir daquele mês, a oposição liderada pelo presidente Juan Guaidó passou a ser perseguida.
Acusações contra as ex-deputadas da Venezuela
De acordo com o procurador-geral, as opositoras são acusadas de crimes de “usurpação de funções, traição à pátria, lavagem de capitais e associação criminosa”. O governo venezuelano fez um pedido de “alerta vermelho” à Interpol, em que espera uma colaboração da Espanha e dos Estados Unidos, onde as parlamentares residem. “Vamos ver o que os governos desses países fazem com nossos pedidos”, acrescentou Saab.
O procurador-geral também informou a solicitação para apreensão dos bens e o bloqueio das contas das três ex-deputadas. Além disso, dois mandados de prisão foram solicitados contra José Figueiredo Márquez e Luis Alberto Bustos, nomeados secretário e subsecretário do governo interino, que não reconhecem a legitimidade do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Neste domingo 8, a oposição denunciou uma “perseguição judicial” contra a nova diretoria do Parlamento de 2015, que mantém o controle de alguns ativos do Estado no exterior.