Vice de futebol do Fla é preso na Lava Jato e acaba afastado do cargo

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O vice-presidente do Flamengo, Flávio Godinho, foi um dos presos nesta quinta (26) em meio ao cumprimento dos dez mandados de prisão preventiva relacionados à Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, braço da Lava Jato. Após reunião, o comando do time carioca optou por afastar o dirigente de seu cargo no clube.

O Flamengo ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas o UOL Esporte apurou que o destino de Godinho já está decidido. Em um primeiro momento, o presidente Eduardo Bandeira de Mello acumulará o cargo na diretoria de futebol.

A diretoria do Rubro-negro analisa os próximos passos e a substituição em um posto fundamental na engrenagem do clube. Os cartolas sabiam que isso poderia ocorrer desde que Godinho foi levado para depor em condução coercitiva, mas deram espaço para o ex-vice de futebol se defender.

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Flávio Godinho é considerado um dos principais articuladores do grupo original que venceu as eleições do Flamengo em 2012. Ele também foi peça fundamental para a reeleição de Bandeira de Mello em 2015 por optar pela Chapa Azul mesmo após o racha político com integrantes anteriores do grupo.

O vice-presidente do Flamengo, ex-braço direito de Eike Batista, é investigado ainda pode ter dado propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no valor de US$ 16,5 milhões (aproximadamente R$ 52,3 milhões). Ele é acusado de ocultação e lavagem de dinheiro.

“O dinheiro foi pago usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Esse valor foi solicitado por Sérgio Cabral a Eike Batista no ano de 2010, e para dar aparência de legalidade à operação foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro. A Arcadia recebeu os valores ilícitos numa conta no Uruguai, em nome de terceiros mas à disposição de Sérgio Cabral”, informa a nota oficial do Ministério Público.

A polícia federal cumpriu mandados de dez prisões preventivas (por tempo indeterminado), quatro conduções coercitivas e o cumprimento de buscas e apreensões em 27 endereços no Rio de Janeiro, Niterói, Miguel Pereira e Rio Bonito.

O empresário, o vice-presidente do Flamengo e o ex-governador do Rio ainda são acusados de obstrução da investigação relacionada a busca e apreensão em um endereço vinculado a Batista em 2015, quando apreendidos extratos que comprovavam a transferência dos valores ilícitos da conta Golden Rock para a empresa Arcádia.

“De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública”, explicam os procuradores corresponsáveis pela Operação.

(Por Esporte UOL)

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