VÍDEO: Após críticas ao governo Bolsonaro, grupo invade rádio e ameaça jornalistas

Ataque aos radialistas aconteceu nesta terça-feira (6) – Foto: Youtube/Reprodução
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Jornalistas de uma rádio no município de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco, viveram momentos de tensão na noite de terça-feira (6). Isso porque quatro homens invadiram o estúdio depois que o radialista Júnior Albuquerque fez críticas à política de Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento à Covid-19. As informações são da coluna JC, do UOL.

Nos vídeos, que viralizaram nas redes sociais, é possível ver invasores com a máscara pendurada na orelha, discutindo e apontando o dedo para os jornalistas.

O comunicador afirmou à coluna, inclusive, que teria recebido muitas ameaças após o comentário. “Eu disse que queria que esse pessoal fosse até a rádio pra gente debater e eles me explicarem o motivo de tanta raiva e também me mostrarem o que foi que o presidente deles fez de bom”.

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A agressão não aconteceu por um triz, já que os colegas da bancada conseguiram intervir a tempo. O radialista prestou queixa na Polícia Civil.

A Asserpe (Associação de Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco) condenou, em nota divulgada nesta quarta-feira (7), a invasão ao estúdio de rádio. Segundo a instituição, a ocorrência fere o direito à liberdade de imprensa.

“O fato de tratar-se de emissora comunitária não associada não muda a posição de nossa entidade, por tratar-se de ameaça à liberdade de imprensa, a qual defendemos de forma altiva. Também porque abre um perigoso precedente que ameaça todos os veículos, inclusive comerciais”, escreveram.

Leia a nota na íntegra

A Asserpe condena o episódio de invasão de um estúdio de rádio na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, ocorrido nesta terça (6).

A Rádio Comunidade tinha programa apresentado pelo radialista Júnior Albuquerque. Segundo relatos, ele cobrava maior atuação do Governo Federal na pandemia e foi surpreendido por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro que invadiram os estúdios, o intimidaram e o ameaçaram.

O fato de tratar-se de emissora comunitária não associada não muda a posição de nossa entidade, por tratar-se de ameaça à liberdade de imprensa, a qual defendemos de forma altiva. Também porque abre um perigoso precedente que ameaça todos os veículos, inclusive comerciais.

A Asserpe espera resposta a altura em virtude da gravidade do incidente pelas autoridades que investigam o caso.

A Asserpe defende de forma intransigente a liberdade de imprensa conquistada pelos veículos de comunicação e condena todo ataque à esse direito fundamental, inclusive no papel de cobrar os governos em todas as esferas em nome da sociedade.

Por fim, se solidariza com o radialista Júnior Albuquerque e à Rádio Comunidade, esperando que fatos como esses não se repitam.

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