Vítimas de tentativa de homicídio são ciganos que fugiam de conflito entre famílias rivais

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Por Diarinho

A tentativa de execução de um homem de 24 anos e da cunhada dele, de 29 anos, na noite de terça-feira, em Balneário Camboriú, está ligada a um conflito entre famílias de ciganos com várias mortes registradas pelo país.

Segundo o delegado Ícaro Malveira, responsável pela investigação, as duas vítimas são ciganos vindos da Bahia. Houve dois executores na tentativa de homicídio, que já foram identificados pela polícia Civil. A moto utilizada no crime foi encontrada pela polícia Militar perto do local dos disparos, na Terceira avenida.

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O delegado comenta que há um confronto entre familiares, com mortes ocorridas nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal. “A parcela da família que está sendo vítima está fugindo desde 2018, passando por vários estados”, informa.

As vítimas baleadas na terça-feira estavam em Balneário Camboriú há menos de um ano. O casal foi socorrido com vida e levado pelo Samu ao hospital Ruth Cardoso, onde passariam por cirurgia. A investigação segue em andamento pra tentar localizar os autores. Outras informações não foram repassadas pela polícia pra não prejudicar a apuração.

O crime foi registrado pelas câmeras de segurança, que mostram o momento em que o casal é baleado à queima roupa pelo atirador que vinha a pé pela calçada. O homem e a mulher estavam sentados no canteiro da avenida, perto da academia SmartFit, quando foram baleados, por volta das 19h30.

O casal segue internado no hospital Cardoso. O município informou nesta quarta-feira que os dois passaram por cirurgia. Enquanto a mulher está com o quadro clínico estável, o homem está internado em estado grave. A situação é acompanhada pela equipe de saúde do hospital.

Execuções e massacres

O conflito entre as famílias de ciganos é investigado pela polícia Civil de outros estados. No Distrito Federal, dois irmãos são acusados de serem mandantes de execuções ocorridas em várias cidades do país contra membros da família rival. Eles estão foragidos da justiça.

Em janeiro, quatro pessoas foram baleadas e uma acabou morrendo em crime ocorrido em frente à rodoviária de Paranoá, no distrito Federal. Os disparos foram feitos por duas duplas que passaram de motos e atiraram a esmo contra as vítimas. Uma mulher atingida não tinha nada a ver com a rixa familiar.

O confronto entre os ciganos teria se agravado quando o irmão de uma família rival foi morto na Bahia. Após a execução, pelo menos cinco pessoas das duas famílias já morreram, em crimes ocorridos em São Paulo, Bahia e Goiás, além do Distrito Federal. Parte dos familiares veio pra Santa Catarina pra escapar de novos massacres.

Os irmãos mandantes de execuções são suspeitos do assassinato de cinco pessoas no Tocantins, todos baleados na porta de casa. Em resposta, o irmão dos dois, Iranildo Gama Queiroz, foi sequestrado na Bahia pelos rivais, que exigiram resgate de R$ 5 milhões. O homem acabou sendo morto, esquartejado e teve a cabeça enviada para o pai, que tinha conseguido pagar apenas R$ 500 mil aos sequestradores.

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