Casan diz que a Águas de Penha mentiu

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A novela do abastecimento de água em Penha continua. A Águas de Penha, concessionária que toca o serviço desde 2015, não deu conta de fornecer água à comunidade no auge da temporada. A prefeitura quer romper a concessão, que é de 35 anos, e ontem a Casan deu informações que deixam a situação da concessionária ainda pior.

A Águas de Penha havia informado que o fornecimento da Casan, que vende água potável para Penha, apresentou diversas oscilações em dezembro, chegando a ser enviada uma vazão inferior a 30 litros por segundo, o que seria abaixo da vazão mínima contratada e teria agravado a falta de água nas semanas de Natal e Ano-Novo.

Segundo a Casan, essa versão não se sustenta. A empresa estatal garante que foi cumprido o volume mínimo do mês, de 171 mil metros cúbicos, o que representa uma vazão maior que os 66 litros de segundo por litro, sendo levantada uma vazão média de 82,9 litros em dezembro.

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A Águas de Penha foi questionada sobre a divergência das informações repassadas à comunidade, mas preferiu não se manifestar.

Já a prefeitura informou que está ciente que a concessionária faltou com a verdade e que isso contribuiu para o relatório da comissão de sindicância municipal que recomendou a extinção do contrato de concessão de abastecimento em Penha.

Ainda segundo a prefeitura, o comunicado da Casan, que aponta que forneceu mais água do que o anunciado pela Águas de Penha, apenas legitima a decisão do governo municipal de acabar com o contrato imediatamente.

E agora?

O pedido de extinção do contrato foi feito administrativamente pela prefeitura em 16 de janeiro. A empresa tem 10 dias para se manifestar. A prefeitura informou que deve publicar na próxima semana um decreto extinguindo a concessão e vai aguardar a decisão da justiça para assumir o serviço.

Se a justiça anular a concessão da Águas de Penha, uma nova empresa será contratada para, provisoriamente, tocar o serviço. O contrato emergencial será de 180 dias. Neste período será elaborado o edital da nova concessão.

 

Por Diarinho

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