Força-tarefa do GAECO explica prisões preventivas: “estavam destruindo provas”

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A força-tarefa responsável pela Operação Oxigênio concedeu uma entrevista coletiva na manhã deste sábado (6) para dar mais detalhes sobre a segunda fase operação. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva do ex-secretário da Casa Civil Douglas Borba e do advogado Leandro Barros.

Ao todo, seis mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela polícia neste sábado (6). As ações acontecem ainda em São Paulo e no Rio de Janeiro, envolvendo cerca de 50 policiais.

A Operação Oxigênio foi desencadeada no dia 9 de maio pela força-tarefa formada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Polícia Civil e TCE/SC (Tribunal de Contas de Santa Catarina). Ela apura fraudes na compra de 200 respiradores pela Secretaria de Estado da Saúde, pelo valor de R$ 33 milhões.

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O coordenador da força-tarefa, Maurício Medina, informou que foram ouvidas mais de 30 pessoas, entre investigados e testemunhas, em mais de 40 horas de depoimentos.

Com suporte desse material, na manhã deste sábado foram cumpridos quatro mandados de prisão. Dois investigados que tiveram o mandado expedido, não foram encontrados e diligências estão à procura, conforme relata o delegado da Polícia Civil, Rodrigo Schneider.

Maurício Medina explicou que os pedidos de prisão foram ‘absolutamente necessários’, pois havia indícios de que os investigados estavam destruindo provas. A gravidade dos crimes também fundamentam as prisões, segundo o coordenador.

Alexandre Graziotin, coordenador estadual do GRAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), informou que os mandados foram cumpridos por equipes de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com Rodrigo Schneider, foram mais de 30 policiais dos três estados na operação.

Sobrepreço dos respiradores

O diretor de contas do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Sidney Tavares Junior, afirmou que foi feito um amplo estudo nacional, com amostras que demonstraram um valor médio de R$ 72 mil reais por respirador.

Isso evidenciou que a compra dos 200 respiradores, pelo preço de R$ 33 milhões, estava muito acima do valor de mercado.

 

Por ND Online

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