11 hospitais do Oeste de SC ainda não receberam verbas e insumos do Estado

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Quase um mês depois de registrar os primeiros casos do novo coronavírus em Santa Catarina, os principais hospitais do grande Oeste do Estado ainda não receberam verbas e insumos do governo estadual para o enfrentamento da doença. Apenas Chapecó recebeu ventiladores mecânicos.

Um levantamento feito pela reportagem do nd+ junto aos 11 principais hospitais do Oeste, Meio-Oeste e Extremo-Oeste do Estado mostrou que quase todas as unidades se mantém com verbas próprias e doações.

Sete municípios do Oeste tem casos confirmados do novo coronavírus, o que contabiliza 12 registros. São eles: Abelardo Luz (1),  São Domingos (1), Chapecó (6), Irati (1), Itapiranga (1), Joaçaba (1) e São Lourenço do Oeste (1).

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Principais hospitais do Oeste, Meio-Oeste e Extremo-Oeste: 

  • Hospital Regional do Oeste, em Chapecó 

O assessor de imprensa do HRO, Edu Vial informou que o hospital recebeu 10 ventiladores pulmonares adultos e dois pediátricos. Também disse que a unidade ainda não recebeu verba estadual.

  • Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, em São Miguel do Oeste 

A assessora de imprensa, Gisele Vizzotto informou que o hospital não recebeu insumos e verba até o momento. Segundo ela, todo o material em estoque foi adquirido com recursos do hospital, oriundos do convênio atual com o Governo do Estado.

Ela diz que existe o anúncio do Estado de que o hospital irá receber equipamentos para 16 leitos de UTI. Há também tratativas para recebimento de insumos, medicamentos, EPI´s e testes rápidos, mas não há prazo.

  • Hospital São Francisco, em Concórdia 

Conforme o marketing do hospital, a unidade ainda não recebeu nenhum tipo de verba e insumos.

  • Hospital São José, em Maravilha 

A diretora do hospital, Neiva Rosa Schaefer informou que oficialmente o hospital não recebeu nada e há somente tratativas na questão de possível ampliação de leito de UTI.

  • Associação Hospitalar Beneficente, em Pinhalzinho

O diretor administrativo do hospital, Sílvio Mocelin diz que, até esta segunda-feira (6), o hospital não recebeu nenhum tipo de verba e insumos.

  • Hospital da Fundação, em São Lourenço D’ Oeste

O gerente administrativo do hospital, Ailson da Cruz diz que o hospital ainda não recebeu nenhum tipo de EPI (Equipamento de Proteção Individual). “Todos os materiais estão sendo comprados com recursos próprios”, comenta. Ele diz que há sinalização de verba para este mês.

  • Fundação Hospitalar Dr José Athanázio, em Campos Novos 

Segundo o diretor geral, Marcelo Sottana, o hospital ainda não recebeu verba e insumos, contudo, há expectativa de receber R$ 43 mil de incentivos.

  • Hospital Salvatoriano Divino Salvador, em Videira 

O diretor administrativo, André Ragnini informou que o hospital ainda não recebeu nenhum tipo de verba e insumos.

  • Hospital Frei Bruno, em Xaxim

A assessora jurídica, Natalia Folle informou que o hospital ainda não recebeu nenhum tipo de auxílio do estado, contudo, está se mantendo com doações e verbas próprias.

  • Associação Hospitalar Rogacionista, em Abelardo Luz 

O diretor administrativo, Gilberto Dias de Freitas informou que o hospital ainda não recebeu nenhum tipo de verba e insumos e, que, não há sinalização de mudanças. “Estamos se mantendo conforme conseguimos, com verbas próprias”.

  • Hospital Nossa Senhora da Salete, em Monte Carlo 

Segundo a enfermeira responsável, Juliesse Lisboa, o hospital ainda não recebeu nenhum tipo de verba ou insumos.


Por outro lado

O governador do Estado, Carlos Moisés (PSL),  anunciou na última semana a Nova Política Hospitalar Catarinense. O projeto garante que vai repassar em 2020 até R$ 300 milhões para 96 hospitais filantrópicos de Santa Catarina.

Segundo o governo, a distribuição será de acordo com a produção de cada unidade, sob critérios de classificação públicos e total transparência.

No total foram identificadas 117 unidades hospitalares que foram incluídas na Política Hospitalar Catarinense, sendo 96 filantrópicas ou municipais e outros 21 das próprias da Secretaria de Estado da Saúde. Os hospitais de porte V receberão até R$ 2 milhões e os de porte IV, até R$ 1 milhão.

Os de porte III recebem recursos que podem chegar aos R$ 450 mil, além de R$ 70 mil para porte II e teto de R$ 30 mil para porte I. Há ainda recursos para Unidades de Interesse da Saúde (UIM) e de Saúde Mental.

Os recursos representam um investimento de R$ 303,705 milhões e serão repassados em 12 parcelas, podendo ser utilizados para custeio e manutenção. Todos os critérios e classificações são públicos e estão disponíveis para consultas por meio deste link.

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