Após acusação de corrupção, prefeito de BC vai processar advogado

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O prefeito Fabrício Oliveira (PSB), de Balneário Camboriú, decidiu processar o bancário e advogado aposentado Júlio César Cardoso.

O motivo foi um artigo do advogado publicado em jornais da região, internet e no Facebook. No artigo, Júlio César afirma, com certeza, que a obra de alargamento da praia Central seria um instrumento para cobrança de propinas e comparou com o escândalo da Passarela da Barra.

“A concretização do projeto representará, com certeza, um nicho de obtenção de propinas tal qual foi a construção da Passarela da Barra.” disse o advogado em seu artigo.

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Fabrício contratou a banca do famoso advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, de Florianópolis. Ontem, informou a assessoria do advogado, ele finalizava a peça. Na ação, pedirá que o aposentado dê explicações à justiça sobre as afirmações que fez contra o prefeito de Balneário.

No artigo, o advogado não se contenta apenas em criticar a obra, que considera desnecessária. Também faz insinuações mais graves. “O alargamento da praia é uma obra totalmente desnecessária e que só serve para atender aos interesses políticos e de grupos empresariais.”, escreve.

A ação contra o advogado também deve resultar na acusação de calúnia e difamação, avisa o advogado de Fabrício Oliveira.

Publicações

O Jornal Folha do Litoral, trouxe em sua edição do dia 31 de janeiro, a publicação de Júlio Cesar. A capa do jornal, totalmente tendenciosa e com claro ataque a adm municipal, trouxe a manchete do artigo com o título “A quem interessa o alargamento da Praia Central”.

Além do artigo de Júlio Cesar, a edição também trouxe um artigo do oceanógrafo Fernando Diehl, onde ele fala do aparecimento de algas e briozoários na orla de Balneário. A imagem que ilustra o artigo, é de uma praia na China, onde uma mulher caminha em meio as algas.

Investigação do MP

O projeto de alargamento da praia Central de Balneário Camboriú começou a ser investigado pelo ministério Público. O promotor Isaac Sabbá Guimarães, que atua na curadoria do Meio Ambiente, abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades no projeto.

De acordo com informações, a denúncia de supostas irregularidades que estão sendo questionadas pelo promotor, teria sido feita por um oceanógrafo e um advogado, em maio de 2018, mas foi negada pelo doutor Isaac. Na ocasião, ele alegou não ser a sua competência analisar o mérito da denúncia. Dia 18 de janeiro, o promotor resolveu desengavetar a denúncia e abrir um inquérito.

Junta-se as peças.

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