Arteris apresentará obras para ajudar a aliviar trânsito na BR 101

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A Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho norte da BR 101 em Santa Catarina, pretende solicitar à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a execução de obras urgentes nos trechos mais problemáticos da rodovia. A proposta abrange os trechos entre Itapema e Navegantes, na região da Amfri, e em pontos de Araquari e Joinville.

O encaminhamento foi acordado durante uma reunião com o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale Rodrigues, em Brasília (DF), na quarta-feira. O encontro foi promovido pelo senador Esperidião Amin (PP) e contou com a participação da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que alerta para o risco de colapso na BR 101. Representantes da ANTT visitarão Florianópolis em 19 de junho para conhecer a proposta da concessionária.

“Foi uma reunião crucial para enfatizarmos à ANTT a necessidade de obras emergenciais para aprimorar a segurança e a transitabilidade da rodovia, que é um corredor logístico estratégico. Essa mobilização parte da sociedade catarinense”, afirma Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc. Durante a reunião, a entidade apresentou à agência os pontos críticos da BR 101, especialmente em Navegantes, Araquari e Joinville.

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“Será a agência reguladora que decidirá se a solução proposta pela Arteris é viável”, explica Egídio Antônio Martorano, secretário-executivo da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, que compartilhou o estudo sobre a situação da rodovia com a equipe técnica da ANTT. O diretor da agência federal afirmou no encontro que serão consideradas alternativas e os projetos apresentados pela empresa.

O fato de a agência ter se sensibilizado em relação à necessidade de obras foi considerado um avanço na busca por uma solução rápida para a BR 101. Isso ocorreu porque, no início do mês, a Arteris recebeu uma avaliação negativa da ANTT durante a revisão quinquenal da concessão, o que impediu a inclusão de novas obras no contrato. Com a baixa pontuação da empresa, a viabilização de novos projetos terá que ser alcançada por meio de acordo ou procedimentos específicos de revisão contratual.

Segundo o senador Esperidião Amin, o orçamento preliminar das obras será calculado neste mês, para que em julho e no início de agosto sejam realizadas reuniões para definir as prioridades emergenciais e evitar o colapso da rodovia no estado. “O serviço oferecido atualmente nas regiões de Itajaí e Joinville pela BR 101 é terrível. Já estamos enfrentando um colapso inicial. As obras emergenciais para atender essas duas regiões da BR-101 já estão sendo listadas”, afirmou.

O estudo da Fiesc mostra que a maioria dos trechos das rodovias federais no estado apresenta níveis de serviço com notas C, D, E ou F, que são as mais baixas da escala. No trecho entre Balneário Camboriú e Navegantes, o nível é F, indicando um fluxo praticamente parado. O mesmo ocorre nos trechos de Palhoça a Biguaçu, Joinville e Araquari.

As condições da rodovia contrastam com a riqueza gerada ou que passa pela região. A importância econômica da BR 101 para Santa Catarina foi destacada pela Fiesc durante a reunião em Brasília (DF). O entorno da rodovia abriga uma população de 3,6 milhões de habitantes, possui um PIB de R$ 186,3 bilhões e movimenta uma corrente comercial de US$ 34,1 bilhões.

Além disso, ao longo da BR 101 estão situadas 118,9 mil empresas que empregam 1,3 milhão de trabalhadores. O estado possui um dos complexos portuários mais importantes da América do Sul em Itajaí e Navegantes, com a segunda maior movimentação de contêineres do país. Para chegar aos portos, a produção é transportada pela BR 101.

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