Benção ou Extrema-unção? O Novo envelheceu! O choro no banho

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Começamos a segunda-feira nebulosa com assuntos eclesiásticos da Maravilha do Atlântico Sul, que brotou no fim de semana. É um acumulado de ironia, oportunismo e desespero.

Nos “Avisos Paroquiais” da coluna de hoje, vamos fazer um apanhado de um único evento que vai render pauta para os próximos dias na Diocese Política de Balneário Camboriú.

A Benção 

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Numa pegada do texto bíblico de Números 6:24, o todo poderoso da Embaixada reuniu as “otoridades” políticas da cidade para uma “bença” coletiva, reunindo situação e oposição no mesmo palanque, digo, púlpito. “Que ‘eu’ te abençoe”. 

Em conversa num grupo de serpentes nessa manhã, debatemos o coincidente tamanho da politicagem dentro de uma igreja estar diretamente ligado ao nível de pregação da teologia da prosperidade. “e tenha misericórdia de ti”

Será que confundiram o termo “voto de narizeu”, que tem no texto de Números 6, com algo relacionado ao pleito eleitoral? Ou o evento foi algum tipo de “consagração” como diz o texto bíblico?

A Benção II

Não esquece que no versículo 3 diz que não pode beber nada durante o período de voto, hein. E quando se fala no versículo 10, em levar rolas para a porta da congregação, é do passarinho que se referem. Não vão fazer igual uns e outros por ai. Seus abobado.

Primeiro a consagração, para depois ser digno da benção. “e Te de a paz” 

Ou Extrema-unção? 

No palanque, digo, púlpito, estavam alguns postulantes a prefeitura, que provavelmente não chegaria se lançando a vereador, quem dirá a prefeito. Algum aviso aos pretendentes?

A preferência do 4° Poder a gente já sabe, isso ninguém faz questão de esconder. Não acompanhei o discurso, mas da para imaginar a pressão rolando perante um público considerável que acompanha os cultos, só pela cara da galera que estava lá.

Considerando os negócios e lobbys que tem rolado na cidade, vai ter que comungar, com pão e vinho, antes de ter apoio.

Novo Envelheceu 

Na “linha de frente”, o que chamou atenção foi a presença do vereador Lucas Gotardo, bem do ladinho do presidente da Câmara David La Barrica. Eu cantei a bola esses dias para algumas pessoas, sobre a reaproximação de Gotardo com o governo fabricista, me chamaram de doido.

Não que a presença dele no evento da Embaixada confirme isso, mas trago aqui nestas linhas para que fique gravado o que eu já falei em off. É só uma questão de tempo e Lucas deve voltar para a base do governo em breve. As conversas já estão em andamento desde o mês passado.

Fico pensando na “galerinha” do governo, depois de tantos ataques e xingamentos, tendo que bater palma para Gotardo, assim como fizeram com Marcelo Achutti e Nilson Probst. É muita humilhação.

Novo Envelheceu II

Assim como o posicionamento político do Novo está envelhecendo com a volta de Lucas para a base governista, o discurso do vereador também envelheceu ao marcar presença em um momento que mistura política e religião.

Isso porque em 2018, na época no PSB, Gotardo fez uma grande campanha para que a leitura da Bíblica nas sessões da Câmara fossem trocadas pela leitura de trechos da Constituição. Essa proposta dele virou até pauta em coluna estadual e manchete em vários jornais. A alegação era de que isso feria a “liberdade individual”.

Qual artigo da constituição o vereador leu antes do culto na Embaixada?

Choro no Banho 

Edson Piriquito segue chorando no banho, desconsolado com a derrota nas urnas em 2020 e em 2022. Segue soltando suas pérolas nos Instagram da vida, não medindo palavras e seguindo a impulsividade que lhe é padrão.

Na postagem do vereador Anderson dos Santos, que falava do evento com políticos na Embaixada, Edson Piriquito apareceu e mais uma vez soltou os cachorros, com palavras de dor, sobre o fato, colocando em cheque até a índole do Pastor Michael Aboud, presidente da denominação, chamando-o de “um pastor duvidoso usando o nome de Deus pra induzir pessoas”. Pesado.

Deu voz, mas se passou

Tudo bem que ao criticar o fato, Piriquito deu voz a muita gente que pensa o mesmo e “excomunga” esse tipo de atitude. Mas, poxa, Piriquito é pessoa pública, não pode sair vomitando pelos dedos tudo que vem a cabeça. Daqui a pouco tem que ficar se justificando.

Ele ainda completou com sua mania de fazer de tudo um discurso. “Em Palanque politico meu caro, sempre falei de propostas reais que estão materializadas em nossa cidade”.

A única coisa que Piriquito não falou até agora é sobre o maior escândalo de corrupção da história da cidade, que tem seu nome envolvido, e o coloca como réu no processo derivado da Operação Trato Feito.



Benção ou Extrema-unção? O Novo envelheceu! O choro no banho

Poucas e Boas – Por Gian Del Sent 

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