A General Motors (GM) comunicou por meio de telegrama neste sábado, 21, a demissão de funcionários em três unidades fabris da montadora localizadas no Brasil: São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, todas situadas no estado de São Paulo. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmetal SJC). A empresa não informou o número de demitidos à categoria.
“Sem prévia negociação com o sindicato e de maneira covarde, a montadora enviou telegramas a diversos metalúrgicos, incluindo operários em layoff. Assim como os companheiros, o Sindicato foi pego de surpresa”, publicou o Sindmetal por meio de nota.
No telegrama, a empresa informou que “a queda nas vendas levou a General Motors a adequar seu quadro de empregados”, orientando que os funcionários demitidos compareçam à sede da respectiva unidade já na segunga-feira, 23, “para as providências administrativas e demais orientações”.
Devido a surpresa das demissões neste sábado, o Sindicato convocou todos os trabalhadores da GM para participar de uma assembleia neste domingo, 22, às 10h, na sede da entidade, localizada na Rua Maurício Diamante, 65, Centro, em São José dos Campos.
Além disso, cerca de 1,2 mil trabalhadores da fábrica de São José dos Campos estão em layoff -suspensão temporária dos contratos de trabalho-, desde o dia 3 de julho, e de acordo com o Sindmetal, havia um acordo entre a entidade e a GM para que a empresa não demitisse ou adotasse outras ações sem a prévia negociação com o representante legal desses trabalhadores.
“O Sindicato repudia veementemente a demissão covarde, que, além de São José, também atinge as plantas de Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul. Desde já, a entidade exige o cancelamento de todas as demissões e a reintegração de todos os trabalhadores”, acrescentou a categoria.
Em nota, a GM infomou que “a queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”.
Portal Terra