O saudoso Leonel Brizola sempre dizia que “A política ama a traição, mas odeia o traidor”. Sim, infelizmente isso se tornou recorrente e costumaz na política do nosso Brasil varonil. Porém, a dita “nova política” não pode dar razão ao velho Brizola.
Embora eu esteja há alguns dias sem postar nenhuma coluna por aqui, mesmo atento aos acontecimentos políticos da nossa região, hoje me obriguei a relatar alguns fatos que aconteceram recentemente.
Na cidade de Camboriú, dois fatos interessantes relacionados a frase do velho gaúcho aconteceram nesta esfomeada briga pelo poder.
Sentou na mesa
Primeiro foi o vereador que chamo carinhosamente de Zé Prancheta, o John Lenon, atual Podemos e quem sabe PL, aspirante a prefeitura, que, segundo me contaram, conseguiu queimar na largada por dar um vacilo gigante e por muito pouco não honrar a própria palavra no episódio da eleição da presidência da Câmara Camboriuense. A eleição foi meramente protocolar, o acordo de cavalheiros já existia e previa que o vereador Dado comandasse o legislativo em 2024.
O problema é que o vereador com nome de Beatles sentou à mesa de Dado, ceiou com ele, afirmou o compromisso no voto para a presidência, mas, no dia seguinte, tentou articular sua própria candidatura na intenção de dar a rasteira. Me lembrou Judas Iscariotes que também na mesa comeu, bebeu e sorriu. A diferença é que as moedas de prata era o poder.
Quando viu a casinha cair, teve que recuar e seguir o acordado desde o início. Se queimou. Não tem mais espaço no PL.
Se atravessou
Outra informação que chegou a mim hoje é relacionada ao atual Vice Prefeito de Camboriú, Júnior Cardoso, que já tem até data para filiação no MDB camboriuense e tem grandes chances de ser o candidato junto com o PL para 2024, mas que tentou dar um “balão” no PL da cidade.
Pastor Júnior tentou fazer uma “ponte” com o Governador do Estado, tentando se atravessar com Jorginho Mello, se oferecendo para se filiar ao PL de Camboriú, desde que ele fosse o candidato da sigla na cidade. Será que Júnior acha que está com essa bola toda?
Acontece que o Pastor do “Não dá mais meus irmãos” levou um belo balde de água fria. Júnior foi orientado pelo PL estadual a procurar as lideranças do partido na cidade de Camboriú, mostrando que lá em Floripa a galera honra o bigode. O pulo deu ruim e esse foi mais um que queimou na largada.
Até onde sei a atitude não pegou bem nos bastidores, principalmente no recém reestruturado diretório do PL na cidade e Júnior agora vai ter que se esforçar um pouco mais para permanecer como “favorito” para compor a chapa majoritária.
Vale lembrar que Júnior já esteve no PL e nas eleições de 2020 foi eleito com Elcio Kuhnen como vice-prefeito. Já em 2022 Júnior deixou o PL e se candidatou a deputado pelo PTB. PTB inclusive é o partido que se fundiu com o Patriota e virou o PRD, com viés de esquerda e que já está alinhadinho ao governo Lula. Isso sem contar que em 2018 foi candidato a deputado pelo PSL. Ufa!
Pastor Júnior precisa focar melhor no que quer de sua vida política. Quem muito quer, nada tem.
Nova política não pode dar razão para Brizola
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent
