Os últimos movimentos na política catarinense tem derretido a reeleição do inquilino do Palácio d’Agronomia, Carlos Moises. Junto, a pretensa eleição de Jorginho Mello, também.
Era evidente que a cada movimento de João Rodrigues (PSD), cada fala ou aparição, causava frenesi na política barriga verde. Até os próprios aliados de Moises acreditavam que uma chapa composta por João e Jorginho seria o sepultamento político do governador bombeiro.
Moisés até conseguiu enrolar umas dezenas de prefeitos com a história do Plano 1000, que eu mesmo disse ser um grande 1000gué. Depois dos eventos com gavetinha e fotos com termos assinados, virou nariz torcido e desanimo geral. A medida que o secretário Carlos Eli foi chamando os prefeitos, explicando que “não é bem assim” e falando que a realidade é bem diferente do que foi vendido, o apoio a Moisés foi esfriando.
Teve prefeito da região da AMFRI que lançou mais de 60 milhões de reais em licitações jurando que o Estado repassaria de uma só vez. Sem ter o dinheiro em caixa pra por na frente e com prazo de até 5 anos para receber os repasses, os sonhos de muitos prefeitos que deslumbraram com a versão 2.0 do Fundam foi virando um verdadeiro pesadelo. Reluto em acreditar que teve quem acreditou nisso.
A base de apoio que Moisés criou nos últimos meses está derretendo.
João e Clésio
O anúncio de estar 99% a chapa de João Rodrigues com Clésio Salvaro (PSDB), prefeito de Criciúma, tem causado uma movimentação frenética nos bastidores da política catarina. O PSD que estava na mão de Gean Loureiro, já se distancia para compor um projeto maior deixando o prefeito de Florianópolis sozinho com o União Brasil. (vídeo no final da coluna)
A articulação ainda envolve a candidatura de Luciano Hang ao Senado pelo PP. Segundo o colunista Marcos Schettini, Luciano Hang é avalista da candidatura João Rodrigues no Estado. Ele e o prefeito de Chapecó têm conversado várias vezes ao dia e, entre uma delas, disse-se feliz ao ver a explosão de manifestações a favor da candidatura ao governo e quer somar na ampliação.
Fabrício
Até então entregue ao governo Moisés, os comentários dentro do partido não fala mais no nome de Fabrício Oliveira e tem se distanciado de Moisés. Como falado na coluna anterior, Fabrício foi visto andando juntinho com João Rodrigues pelos corredores da ALESC em meio a reuniões nos gabinetes. É bem provável que nos próximos dias Fabrício anuncie que vai recuar, mas é certo que ele deixe para declarar apoio a algum estadual mais para frente.
De acordo com minhas fontes, há possibilidades ainda de Fabrício disputar uma vaga na Câmara em Brasília, o que acredito que deveria ter sido feito desde o início.
Paulinha no Cidadania
A deputada Paulinha estava namorando com o Podemos e com pezinho dentro do partido. Parece que as portas andaram se fechando para a deputada, o que comprova o distanciamento do Podemos do grupo de Moises.
Paulinha voltou a conversar com o Cidadania e um passarinho verde me contou que é quase certo a ida dela para o partido. Oficialmente a ida de Paulinha para o partido tem o apoio da deputada Carmem Zanoto, mas, extraoficialmente, parece que há uma torcida de nariz. A definição deve sair neste fim de semana.
“ME SACANEARAM”
A inauguração da Casa da Família em Balneário Camboriú na manhã de hoje contou com a presença de “celebridades” políticas do Estado, afinal, a ministra Damares Alves estava presente.
Os ouvidos mais apurados ouviram em uma rodinha que estava, entre outros, o deputado Rodrigo Coelho, o desabafo revoltado de Jorginho Mello que dizia repetidamente: “Me sacanearam” (referente a sua candidatura ao governo de Santa Catarina). Questionado se essa movimentação teria sido espontânea ou articulada para derrubá-lo, Jorginho respondeu que acreditava que tudo havia sido arquitetado com essa intenção.
A pergunta que fica é: Quem “sacanearam” Jorginho?
O vídeo do presidente enviado à João Rodrigues no seu aniversário foi praticamente uma declaração de amor. O problema de se “autodeclarar” o candidato de alguém é isso. A gente nunca sabe o que vai brotar nessa caixinha de surpresas chamada política.
Novos movimentos derretem a reeleição do “Homem Plano 1000” e de Jorginho
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent