Os meteorologistas ficaram atentos nesta semana para um ciclone atípico na região Sul do país. O movimento retrógrado que esta baixa pressão fez, voltando do mar em direção ao continente é típico de furacões.
Fenômeno como esse foi registrado há 17 anos, com a passagem do Furacão Catarina, que matou 11 pessoas. A informação foi repassada pelo site Climatempo na última terça-feira (30), porém descartada.
Em contato com a Defesa Civil de Santa Catarina nesta manhã de quinta-feira (1º), ciclone como esse é normal nesta época do ano na região Sul do Brasil. Em decorrência desse fenômeno pode provocar agitação marítima com ondas que podem chegar a 3 metros.
“Pedimos que a população fique atenta as redes sociais da Defesa Civil de Santa Catarina na qual emitimos alertas a todo momento, inclusive via SMS”, comenta o assessor de imprensa da Defesa Civil.
Para receber mensagens de texto, as pessoas podem solicitar os alertas enviando um SMS para o número 40199 e acrescentar o CEP da residência.

De acordo com os meteorologistas da Epagri Ciram, os modelos mostram instabilidade a vista com chuva entre os dias 6 e 7, mas por conta de uma circulação marítima e não uma baixa pressão.
Influência de um ciclone extratropical no tempo
Um ciclone extratropical localizado em alto mar, entre a costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, vem influenciando as condições de tempo desde terça-feira (30), sobretudo na faixa litorânea e área serrana do estado.
Ventos moderados a forte intensidade poderão ser observados, bem como agitação marítima e alagamentos costeiros de forma pontuais.
Ao longo desta quinta-feira (1º) o sistema se desloca para o alto mar e, a partir de sexta-feira (2), um sistema de alta pressão passa a predominar e influenciar as condições de tempo no estado.
Furacão Catarina
O Furacão Catarina se formou a partir de um ciclone extratropical e ganhou força justamente por causa das águas quentes da época entre o fim do verão e o início do outono. Esse fenômeno foi registrado em 24 de março de 2004.

Na época, o furacão foi classificado na categoria 2, que indica velocidade variando de 154 km/h a 177 km/h. Na Escala Saffir-Simpson, os furacões mais fortes são os de categoria 5, nos quais os ventos chegam a mais de 252 km/h.
ND Online