Terrenos de Taquarinhas não vão mais a leilão pela Caixa

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Os seis terrenos da Caixa Econômica Federal que formam a maior parte da área da praia de Taquarinhas, em Balneário Camboriú, não devem mais ir a leilão. É o que informa o prefeito Fabrício Oliveira (PSB), que ontem se reuniu com o presidente do banco, Pedro Guimarães, em Brasília, e conseguiu a garantia de que a instituição não irá vender os imóveis.

A Caixa já havia suspenso temporariamente o leilão pra oferta dos seis imóveis. O pregão iria acontecer na segunda-feira desta semana. A decisão do banco foi tomada na sexta-feira, depois que o prefeito Fabrício Oliveira decretou a área como de “interesse social”, para futura instalação de um parque de preservação ambiental integral.

Reunião positiva

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Sobre a reunião de ontem, com o chefão da Caixa, o prefeito de Balneário Camboriú qualificou o encontro como “positivo”. “O presidente da Caixa entendeu o desejo da cidade na preservação deste santuário ecológico”, disse.

Fabrício conta que argumentou sobre a importância de Balneário Camboriú manter um santuário ecológico preservado como Taquarinhas, a única praia totalmente agreste do município. A ideia é criar um cinturão ecológico que una todas as praias agrestes e as regiões protegidas da cidade e manter Taquarinhas como ícone dessa preservação.

Foi por conta dessa argumentação, afirma Fabrício Oliveira, que conseguiu o objetivo mais importante de sua ida a Brasília. “O presidente da Caixa foi muito solícito e se comprometeu em retirar os seis terrenos dos leilões da entidade”, ressalta.
A reunião com o presidente da Caixa contou com a presença dos senadores Esperidião Amin (PP) e Dário Berger (MDB).

Volta a Brasília

Ainda não está definido se a Caixa Econômica Federal vai ou não doar os imóveis ao município de Balneário Camboriú para a criação de uma unidade de conservação integral daquela área. “Na próxima semana, voltarei a Brasília para novos encaminhamentos”, avisou Fabrício Oliveira.

Somados, os seis terrenos tem 597 mil metros quadrados. Tomam mais de 90% de toda a extensão da orla da praia. A Caixa pretendia vendê-los por R$ 231 milhões.
Os imóveis foram tomados de uma das empresas do grupo Thá, que os comprou há cerca de cinco anos com a intenção de construir por lá um mega resort.

A construção foi proibida pela justiça, a construtora não pagou os empréstimos e a área foi tomada pelo banco.

 

Por Sandro Silva

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