Um diálogo dramático teria ocorrido entre a tripulação do avião da Lamia que levava a delegação da Chapecoense e a torre de controle do aeroporto de Rionegro, nos arredores de Medellín, na Colômbia, segundo relato do tripulante de um voo da companhia Avianca que voava por perto. As informações são da rede Notícias RCN.
O tripulante da Avianca contou que o piloto da Lamia alegava dificuldades e pedia para pousar.
– Solicitamos prioridade para proceder à pista, solicitamos prioridade para proceder ao localizador. Temos problemas de combustível! – informou o piloto.
A torre respondeu:
– Temos um problema. Um avião está aterrissando de emergência.
Procedente de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o piloto repetiu:
– Temos problemas de combustível!
De acordo com o depoimento do tripulante, foi possível avistar as luzes do avião que levava o time brasileiro, que começava a baixar. O piloto da Lamia declarou estado de emergência, usando o código internacional para descrever situações de extremo perigo iminente:
– Mayday! Mayday!
A torre de controle, conforme o funcionário da Avianca, deu então orientações para o pouso na pista de número um e pediu detalhes sobre o problema.
– Agora temos falha elétrica total, temos falha elétrica total. Orientações para proceder à pista! – respondeu o piloto. – Ajuda! – gritou.
Na cabine da Avianca, fez-se silêncio. A torre de controle passou orientações para a aterrissagem do avião da Lamia. O tripulante da Avianca que testemunhava o desespero do colega perto dali contou que torcia para que o avião conseguisse pousar. “Cheguem, cheguem, cheguem!”, pensava ele.
Os apelos desesperados vindos da cabine da Lamia prosseguiram, até serem subitamente interrompidos:
– Orientações para proceder à pista! Orientações para…
O avião não respondeu mais. Os membros da equipe da Avianca começaram a chorar.
(Por Diário Catarinense)