Após a repercussão da primeira acusação de assédio envolvendo o ex-diretor geral da Secretaria de Inclusão Social, R.P.F, de 46 anos, a reportagem do Portal Visse teve acesso a mais uma denúncia envolvendo o ex-servidor.
Encorajada pela primeira denúncia, mais uma mulher, de 27 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o ex-servidor. O caso teria acontecido em setembro de 2020, quando a vítima trabalhava como fiscal de posturas no município, atuando junto a Inclusão Social.
De acordo com o relato da vítima, ela passava por um quadro de depressão na época dos fatos e R.P.F. teria se aproveitado disso, com palavras de consolo e apelos religiosos, para tentar adquirir a confiança da vítima. Até que, no modus operandi do outro caso, começou a mandar mensagens no celular pessoal e a convidou para sair. A vítima ainda conta que “cortou” o mesmo por diversas vezes, mas os assédios continuaram.
Em uma outra ocasião, após várias investidas, o ex-diretor teria oferecido um cargo melhor para tentar conseguir a recíproca da vítima, sem sucesso. O caso chegou ao extremo quando o ex-servidor tentou beijar a vítima a força, dentro do local de trabalho.
A vítima confirma que tem todos os materiais, prints, conversas e outras provas que incriminam o ex-diretor R.P.F. O caso deve seguir para esfera criminal. O crime de assédio sexual está previsto no Código Penal (art. 216-A) com pena de 1 a 2 anos de reclusão.
Exonerado
Após a repercussão envolvendo a denúncia de assédio a uma estagiária de 20 anos, o ex-diretor geral da inclusão social foi exonerado do cargo. A portaria foi publicada nesta quarta, dia 02.
Após a publicação da matéria do Portal Visse na data de ontem, o ex-diretor entrou em contato com a reportagem alegando ser mentira todas as acusações. Oferecido o direito de publicar uma nota, o mesmo ficou de providenciar e não retornou mais.
Conforme afirmado pela matéria publicada ontem, voltamos a afirmar que a administração municipal tinha ciência do caso anterior, mas só tomou providências quando o caso se tornou público. De acordo com informações recebidas pela nossa reportagem, sem comprovação, outros casos devem surgir nos próximos dias.
Ainda não temos conhecimento se os programas “Abraço a Mulher” e “Abraço ao Servidor”, da própria secretaria de Inclusão Social, atuaram efetivamente nos casos.