STF mantém decisão que inocentou esposa na morte de Coronel da PM

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A caso envolvendo a morte de um coronel da PM de Santa Catarina teve novo capítulo com uma reviravolta nesta segunda-feira, dia 23. Após o TJSC condená-la, o STF reverteu a decisão.

Tânia Zappeline, esposa do coronel da reserva da Polícia Militar Silvio Gomes Ribeiro, foi acusada de ter assassinado o marido em maio de 2019. Em 2021, Tânia foi submetida a júri popular e, julgada, restou absolvida pelo Tribunal do Júri de Florianópolis.

O Ministério Público por sua vez recorreu da decisão e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina anulou o júri, sob o argumento de que o resultado do julgamento foi contrário às provas do processo.

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RECURSO

A defesa, composta pela equipe do advogado Dr. Claudio Deladdone, recorreu ao STJ e posteriormente ao Supremo Tribunal Federal, defendendo a soberania das decisões dos jurados.

Nesse meio tempo, o juiz em Florianópolis marcou o novo júri e decidiu não aguardar a definição do caso pelo STF. No novo júri, realizado dia 17, a acusada foi condenada por homicídio privilegiado à pena de 8 anos de prisão.

STF MANTEVE DECISÃO DO TRIBUNAL DO JURI

Porém, nesta segunda-feira, 23, o STF julgou o recurso da defesa e decidiu manter o resultado do primeiro júri em que a acusada foi absolvida, sob o argumento de que a decisão dos jurados é soberana e deve ser respeitada.

Assim torna-se definitiva a sentença que absolveu Tânia do crime de homicídio.

“O STF restabeleceu o que o povo decidiu e deixou claro que a Justiça do povo é soberana”, finaliza Cláudio Dalledone, advogado de Tânia.,

Votaram para manter a absolvição do primeiro julgamento do tribunal do júri os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Gilmar Mendes. Dias Toffoli e Edson Fachin votaram para negar o pedido dos advogados.

RELEMBRE O CASO

Silvio Gomes Ribeiro, 54 anos, foi morto em sua casa em maio de 2019. A polícia foi acionada para atender a uma ocorrência de suicídio. Chegando no local, os policiais perceberam que havia indícios de homicídio e acionaram os agentes da delegacia especializada da Capital para conferir. Horas depois, Tânia confessou o crime alegando legítima defesa. Ela detalhou como matou o marido e como fez para tentar simular um suicídio. 

No primeiro julgamento a defesa sustentou o desespero e agonia de uma mulher que sofria todas as agruras de uma relação tóxica e abusiva. Os jurados entenderam que não era exigível de Tânia outro caminho senão o trágico desfecho.

Segundo a defesa de Tânia, composta pela equipe do advogado Cláudio Dalledone, na ocasião da anulação dada pelo TJSC, afirmou que “A justiça catarinense não respeitou a soberania do veredicto que absolveu Tânia Zappeline em uma sessão realizada em agosto de 2021, pelo Tribunal do Júri de Florianópolis.”

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